Ata
da 3ª reunião de 2010 da Câmara Técnica de Outorgas e Licenças, Institucional e Legal (CT-OL/IL) do CBH-PARDO
Realizou-se no vigésimo
sétimo dia do mês de agosto do ano de dois mil e dez, nas dependências da
CETESB de Ribeirão Preto, a 3ª Reunião do ano de 2010 da Câmara Técnica de
Outorgas e Licenças, Institucional e Legal (CT-OL/IL) do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Pardo. A reunião teve início às 9:20h
com o Sr. Sebastião L. Bonadio, Secretário da CT-OL/IL, colocando em votação a
aprovação da ata da reunião anterior. Não tendo sido proposta nenhuma
retificação, foi a referida ata aprovada pelos membros da Câmara Técnica. A
seguir passou-se a apresentação do parecer do Grupo Técnico (GT) da CT-OL/IL
sobre a avaliação do EIA-RIMA no tocante aos aspectos relacionados aos recursos
hídricos que devem ser observados na solicitação de ampliação do aterro
sanitário da empresa CGR-Jardinópolis, Centro de Gerenciamento de Resíduos –
Ltda. O parecer do GT havia sido enviado aos membros da Câmara Técnica para a inclusão
de contribuições. A Sra. Cláudia R. C. Coelho, representante da Secretaria de
Estado da Saúde, forneceu outras legislações relativas à qualidade da água as
quais a empresa CGR-Jardinópolis também deve cumprir. O encaminhamento, ou
apresentação, do parecer do GT ficará a cargo de uma deliberação do CBH-PARDO,
e ambos parecer e deliberação foram aprovados pelos membros da CT-OL/IL. O Sr.
Penercides F. dos Passos, da ERPLAN, colocou que na exposição feita por membros
da CGR-Jardinópolis, havia sido mencionado aspectos da industrialização do
lixo, mas isso segundo o Sr. Sebastião não era objeto do parecer em questão. A seguir
tratou-se da proposta de alteração da Deliberação CBH-PARDO 002/00 que criou a
CT-A21. A proposta também havia sido enviado aos membros
da Câmara Técnica para a inclusão de contribuições, as quais foram mandadas
pelo Sr. João Cabrera Filho, representante da Prefeitura de Tapiratiba e pelo
Sr. José Augusto de Souza Jr., da OAB – Ribeirão Preto. O Sr. Sebastião L.
Bonadio tocou na questão da mudança do nome da CT-A21, ou seja, a inclusão do
termo “educação ambiental”. O Sr. Lucas Casagrande, engenheiro do DAEE, disse
que já tinha sido consenso anteriormente na CT-A21 que o nome dessa câmara não
apresentaria o termo “educação ambiental”, mas que houve uma aceitação do termo
em virtude de que assim a CT-A21 teria mais visibilidade até para captação de
recursos. O Sr Sebastião L. Bonadio então apresentou a Deliberação CBH-PARDO
002/00 que criou a CT-A21 com as contribuições compiladas pela Sra. Fernanda
Vergamini, especialista ambiental SMA/CEA, tendo o texto sido lido pelos
membros da CT-OL/IL. Tendo sido aprovadas as modificações no texto pela
CT-OL/IL, este será encaminhado posteriormente à CT-A21 para apreciação por
aquela câmara. Ficou acertado que o regimento interno da CT-A21 que constava da
Deliberação CBH-PARDO 002/00 seria discutido posteriormente na forma de um
regimento conjunto de todas as câmaras técnicas do CBH-PARDO. Passou-se então à
questão da criticidade
das bacias dos Rios Verde e Congonhas. O Sr. Ricardo R. Risk,
engenheiro do DAEE, fez uma apresentação da questão dizendo que as deliberações
que originalmente estabeleceram a criticidade nas duas bacias, Deliberações
CBH-PARDO 004/04 e 009/05, usavam critérios muito conservadores, o que provocou
um congelamento das outorgas nestas bacias. Isso tem provocado uma pressão por
parte dos agricultores locais pelo fato de não conseguirem sem as outorgas
financiamentos, tais como crédito agrícola para produção. Diante disso estão se
propondo novas deliberações que flexibilizam os
critérios para obtenção da outorgas nestas bacias, porém os usuários teriam que
adotar condicionantes. A Sra. Irene Sabatino, engenheira do DAEE, fez uma
explanação de critérios técnicos, tais como vazão de referência, que levaram à
declaração de criticidade nas bacias dos Rios Verde e Congonhas. A proposição
de uma nova vazão de referência pelo comitê poderia ser feita por um grupo de
estudo para avaliação e proposta de nova vazão, que inclusive estava previsto
nas deliberações originais que declararam a criticidade, mas que nunca foi
constituído. Portanto os critérios que levaram à declaração de criticidade
foram aqueles estabelecidos pelo DAEE, inclusive com a
vazão de referência prevista. O Sr. João Cabrera Filho, criticou os métodos do
DAEE que levaram à declaração de criticidade, dizendo que esta metodologia leva
em conta que as captações são feitas 365 dias por ano, 24 horas por dia, porém
que na prática a demanda real por água nas bacias do Verde e Congonhas não se
dá desta forma, tanto é que a água tem ficado disponível aos usuários não se
registrando conflitos. Os técnicos do DAEE presentes à reunião rebatem dizendo
que seguem a metodologia técnica vigente. Houve um consenso de que enquanto as
outorgas do Verde e Congonhas, cujos processos atualmente
encontram-se congelados, estiverem sendo regularizadas, se proponha ações de
monitoramento nessas bacias. Foi então apresentada pela Sra. Irene Sabatino as
propostas de deliberações que alteram artigos das deliberações que
originalmente estabeleceram a criticidade nas bacias do Verde e Congonhas. O
Sr. João Cabrera sugeriu que se fizessem modificações de formatação das
propostas de deliberação, porém sem mudança de conteúdo, para facilitação de
compreensão destas na sua apresentação no plenário do CBH-PARDO. Surgiram
dúvidas sobre atribuições estipuladas nos artigos 2º e 4º das propostas de
deliberações, porém imediatamente ficou esclarecido que o artigo 2º referia-se
ao estudo da questão da criticidade em si e o artigo 4º ao estudo de pleitos
FEHIDRO referentes à questão da criticidade. As propostas de deliberação, com
pequenas correções, foram aprovadas pela CT-OL/IL para poderem ser aprovadas
pela plenária do CBH-PARDO de 10/09/2010. O Sr. Fábio C. Junqueira, do Conselho
Regional de Desenvolvimento Rural de São João da Boa Vista, trouxe a impressão
dos irrigantes da área em questão, de que não há conflitos pela água e que há
preocupações práticas (dos irrigantes) na obtenção de créditos que dependem da
obtenção da outorga. Não ficou definida data da próxima reunião da CT-OL/IL.
Com a palavra, o Sr. Sebastião L. Bonadio agradece a presença de todos e não
havendo nenhuma outra sugestão ou colocação por parte dos integrantes da Câmara
Técnica, deu por encerrada a reunião às 12h20min, lavrando-se a presente ata.