ATA DA PRIMEIRA REUNIÃO
EXTRAORDINÁRIA DO CBH - PARDO DO ANO 2004
Aos cinco dias do mês de março
de dois mil e quatro, às treze e trinta horas, na Associação de Engenharia,
Arquitetura, Agronomia de Ribeirão Preto - AEAARP, em Ribeirão Preto - SP,
presentes os membros do Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo, CBH-Pardo,
observada a representação de cada segmento, quais sejam: Estado, Município e
Sociedade Civil, deu-se início à Primeira Reunião Extraordinária do CBH-Pardo
do ano 2004. Abrindo a reunião, o Secretário Executivo do CBH-Pardo Celso
Antonio Perticarrari convocou os seguintes membros para compor a mesa de
trabalho: Sr. Genésio Abadio de Paula Silva, Vice Presidente do CBH-Pardo, Sr. José
João Ferreira, representante do Deputado Federal - Minas Gerais, Sr. Geraldo
Thadeu; Sr. Rodopiano Marques Evangelista, Presidente do CBH dos Afluentes
Mineiros dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo – MG e Membro Titular da Câmara Técnica de
Análise de Projetos do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH; Sr. Fernando
Campagnoli, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL; Sr. Amauri da
Silva Moreira, Coordenador das Câmaras Técnicas do CBH-Pardo; Sr. Carlos
Eduardo Nascimento Alencastre, Membro Suplente do Departamento de Águas e
Energia Elétrica – DAEE e Membro Titular do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos – CNRH e a Sra. Martha Sugai, da Agência Nacional de Águas - ANA. Agradeceu
a presença dos convidados presentes. Fez uma retrospectiva desde o ano passado
até a presente data de todos os acontecimentos envolvidos referente ao problema
que o Prefeito Municipal de Caconde, Sr. Nestor Ribeiro Neto trouxe ao comitê sobre
a unidade geradora da usina de energia elétrica – Hidrelétrica de Caconde, onde
o nível da água da represa está muito baixo, provocando sérios prejuízos tanto
na área de lazer, como de abastecimento e irrigação. O comitê em plenária, após
a colocação do Sr. Prefeito fez uma moção de tal maneira que pudesse atingir os
objetivos e trazer o assunto para discussão com os órgãos gestores ANA, ANEEL,
ONS e esses objetivos têm conseguido realmente mobilizar os órgãos competentes,
essa é a função do comitê, quando o assunto envolve o uso múltiplo da água e de
interesse da área de recursos hídricos, o comitê não vai homologar a parte
técnica dos órgãos competentes mas tem o poder de mobilização e o poder dentro
da plenária de tomar um posicionamento dos recursos hídricos da nossa bacia. E
no caso em questão desse barramento, esta usina de energia está no estado de
São Paulo, mas também o estado de Minas Gerais está envolvido. Passou a palavra
ao vice-presidente que agradeceu a presença de todos, ressaltando a importância
do assunto que é de mútuo interesse. Voltando a palavra ao Sr. Celso que justificou
a ausência do Operador Nacional do Sistema - ONS na reunião por meio de ofício.
Na continuidade do trabalho, a Sra. Martha colocou a proposta da ANA no
gerenciamento da operação desse barramento, no qual discorreu sobre as
competências da ANA que estão diretamente ligadas ao reservatório de Caconde
sendo uma delas a outorga de direito de uso. Apresentou slides que foram utilizados
na reunião do dia 04/02 em Brasília pela ONS. Esses slides sintetizam o
objetivo da ONS, que descreve cada um dos processos usados no dia-a-dia da
operação do sistema. Complementando, discorreu sobre vários assuntos: apresentação
UHE – Caconde, aspectos legais e institucionais, usina hidrelétrica,
reservatório de Caconde, amortecimento de onda de cheia em reservatório,
aproveitamentos do rio Pardo, operação do reservatório de Caconde, características
do aproveitamento de Caconde, etc. Em seguida, passou-se a palavra ao Sr.
Limercy , representante da Associação para Proteção Ambiental de Caconde - APAC,
mostrando um trabalho apresentado pelo prefeito de Caconde, em Brasília, na
reunião da Câmara Técnica de Análise de Projetos. Esse trabalho é um histórico,
desde o ano de 1964, onde a represa de Caconde não podia apresentar nada em
termos de turismo, lazer e pesca, porque a CESP tinha a propriedade de todos as
áreas de suas margens. Ressaltou que atinge também a região de Poços de Caldas
e Botelhos. Apresentou proposta do uso múltiplo da água, junto com a ANA e ONS,
gerando um grupo de trabalho submetido ao comitê. Essa proposta seria adaptada
a proposta da ANA, retrocedendo apenas um mês e elevando o nível da água em
três metros com experiência de um ano. Dando continuidade, é feita a abertura à
plenária para inscrições dos interessados na discussão do problema. Procedeu-se
então uma pergunta da Sra. Sigildes B. Francesconi, representante da Associação
dos Moradores do Jardim Piratininga, respondida pelo Sr. Limercy, sobre
detalhes maiores da represa. O Sr. Fernando, explicou sobre a importância do
contrato de concessão, alertando que nele se expressa nitidamente qual a
potência que a empresa tem que gerar e no caso essa concessionária tem que
soltar sempre 32 m3/seg. ou mais. Comentou que qualquer alteração no
reservatório de Caconde, implica em alterações de toda a cascata, de Caconde
até Itaipu, e que a energia gerada por Caconde é combinada com a energia gerada
até Itaipu, somadas a outras que compõem o conjunto de energia gerada pelo país
inteiro. Se houver uma pequena alteração nessa usina é preciso ser feito um
estudo em todas as outras. É como se fossem vários reservatórios ligados entre
si, com fios. Ressaltou também que os municípios recebem uma compensação
financeira mês a mês, pois são prejudicados devido ao fato de não poderem usar
as terras alagadas para outras finalidades. No caso de Caconde, a alteração da regra
operacional desse reservatório pode afetar a geração de energia elétrica e
diminuindo essa geração, diminui também proporcionalmente a compensação
financeira de cada município. Outro ponto importante é que a ANEEL fiscaliza
todos esses reservatórios com base na estimativa que se chama “energia
assegurada”, significando que a ANEEL assegura à concessionária a quantidade a
ser gerada todo mês. A ANEEL faz uma resolução e diz que a concessionária “x” deverá
gerar uma quantidade definida de energia nesse reservatório. Deve-se levar em
conta que se for mudada a regra operacional e a concessionária vier a gerar
menos do que ela recebeu como energia assegurada pela União, esse contrato vai
ter que ser desfeito e um novo será adequado ao regime operatório, cabendo o
ônus do custo da energia não gerada à União, pois a concessionária terá direito
legal ao ressarcimento da diferença entre o contrato de concessão antigo (maior
energia assegurada) e o novo (menor energia assegurada). Na seqüência, o Sr.
Rodopiano, cumprimentou e agradeceu a todos, ressalta que a proposta seria criar
um grupo de trabalho, através de uma deliberação no sentido de não só analisar
a metodologia matemática mas também o impacto ambiental que a represa está
sofrendo. Essa discussão é muito salutar e a proposta que Minas Gerais
deliberou através do comitê, é no sentido de trabalhar com uma cota de 846, a
partir de 1º de outubro ou novembro em função da decorrência dos 32 m3/seg
e verificar qual seria esse monitoramento durante o período. Nesse período
estudar o modelo matemático condizente, tendo que fazer um estudo bem
aprofundado nesse sentido. Em seguida,
pergunta o Sr. Jair Bernardes, representante
da ASSEMAE, como evitar enchentes? Proponho que essas concessionárias peguem
obras também para fazer. Posteriormente o Sr. Paulo Finotti, representante da
SODERMA, explica que é muito importante que tenhamos novos modelos matemáticos
para desenvolvermos o que realmente podemos ter dentro do sistema do rio Pardo.
O meu objetivo é que se estabelecesse um grupo de trabalho multidisciplinar com
técnicos especialistas e com aqueles ligados direta ou indiretamente ao meio
ambiente, estabelecendo um período a ser determinado. Ao mesmo tempo, existe
uma grande preocupação quando o rio Pardo está com a quantidade reduzida de água
por não haver a diluição de esgoto e agrotóxicos. Será que o rio é culpado? Não
podemos ter a resolução disso? Sendo os comitês de bacia apenas coadjuvantes e
o responsável o município. Finalizou lembrando da necessidade dos estudos
ambientais embutidos nesse processo. Em seguida, o Sr. Prefeito de Caconde,
agradeceu o apoio obtido comentando que a ANEEL estaria ao seu lado
tecnicamente porque a energia assegurada da AES-Tietê no contrato é de 33 e
teoricamente para gerar 33 precisa-se de 33 m3 de água. Dentro da
proposta apresentada a AES teria condições de gerar muito mais energia do que
apenas os 33 assegurados. Por outro lado o contrato de concessão tem o inciso
2, da subcláusula 1ª, cláusula 3, que obriga a AES a elaborar o Plano de
Desenvolvimento da Bacia da Represa em conjunto com todos os usuários. Essa
norma vem reafirmada também na Lei 9433, que tem como prioridade a
dessedentação do gado, consumo humano e outras atividades. Caconde não está apenas
preocupada com o turismo, existe fatores anteriores que estão sendo
prejudicados como agricultura e a pecuária. Se a empresa vai gerar ou não
energia, sabendo que ela assumiu compromisso, e é lei manter o uso múltiplo da
água. Não podemos esvaziar a nossa represa para resolver o problema do esgoto
dos municípios abaixo. Outra preocupação dos municípios a jusante é a questão
da cheia, exemplo da cheia de 1977 que causou estragos em São José do Rio Pardo;
a represa de Caconde naquele dia soltou apenas 180 m3 de água. Não
foi a vazão da represa que causou qualquer dano abaixo. Ocorreu falha humana
nas usinas e houve a contribuição dos afluentes do rio Pardo logo abaixo de
Caconde. Tudo isso foi exceção que não podemos tomar como base. Se analisarmos
o nível de água no ano de 2003 vamos ver que uma cota de 846 em 1° de outubro
vai controlar perfeitamente qualquer chuva. Temos em 2003 uma média afluente de
77,91, defluente de 45,56 e de nível de 849. O que estamos pedindo está abaixo
da média de 2003. Solicitamos o apoio, pois estamos pedindo o mínimo para Caconde.
Estamos assegurando a vazão mínima de 32 m3 para atender a usina de Itaiquara, que nesse
período de chuva não necessita que a represa solte essa vazão. Caconde não pode
pagar mais uma vez por todos os erros, o que queremos é o cumprimento da lei,
seja fixado o nível mínimo que essa represa deve estar em 1º de outubro e a
vazão máxima de 32 m3 até atingir a cota 846. Na seqüência o Sr.
Juan Carlos Castagnino, representante da AES-Tietê, ressaltou sobre o impacto
do meio ambiente. A usina de Caconde tem licença de operação apesar de ser uma
usina anterior a legislação, sendo assim, a AES está cumprindo com suas
obrigações. Comentou o Sr. Aparecido Reis de Souza, representante da CIESP, que
foi proposto fazer um teste para o próximo ano de elevar o nível da represa sem
antes fazer um estudo do impacto ambiental, então vamos primeiro mexer na vazão
do rio e na condição hidráulica e depois ver o que acontece? Não parece muito
sensato. Outro item que se fala é na vazão mínima, 32 m3/seg, estão
falando da microbacia, qual é a extensão que isso pode afetar? O Sr. Luís
Carlos Pinto, representante da SORRIA, alertou para a cidade de São José do Rio
Pardo, a jusante, que seria primeira cidade a sofrer qualquer alteração
causando impactos negativos. Temos fatos históricos, como a enchente de 1977
que destruiu a cidade, elevando o nível do rio Pardo. Evidentemente projetando
essa situação hoje existe uma questão de segurança maior e na situação que a
ANA projetou de 600 m3 para Caconde soltar, certamente vai mudar toda
a área ribeirinha de São José do Rio Pardo. Por outro lado, o que foi sempre
preocupante, se diminuísse a vazão mínima de 32 m3 certamente teria
um impacto negativo. Comunicou o Sr. José João, o interesse do Sr. Deputado em
defender a comunidade no Congresso Nacional. Analisando o processo, o Sr.
Nilton Granato, representante do Sr. Prefeito Municipal de Poços de Caldas,
acha que uma medida coerente seria a parceria entre os comitês e todos os
estudos apresentados analisados e delimitados pela plenária. É uma medida que
leva ao bem comum. Prosseguindo, a Sra. Martha respondeu a questões que foram
levantadas. O Sr. Luís Eduardo Garcia, representante da Secretaria de Estado do
Planejamento, colocou que em determinado momento o nível da represa baixou e aí
ocorreram problemas de mortandade de peixes, diminuição do turismo, etc. Deve
ter um processo histórico. Perguntou se já existe algum estudo, se o problema é
hidrológico, de baixa densidade pluviométrica ou mau aproveitamento da
barragem. Temos essa resposta, porque a concessionária utilizou mais água?
Seria um problema só de cota a conversar ou algo mais? Como ainda não obtivemos
resposta, torna-se complicado tomar alguma decisão. O Sr. Carlos Eduardo disse
que tem acompanhado o problema da represa desde que essa demanda veio ao comitê
em outubro do ano passado, participou de várias reuniões em Brasília e Caconde.
O comitê está ouvindo todas as partes mas não tem um posicionamento, elaborou
uma moção levantando o problema e deu o encaminhamento necessário. A ONS fez
uma proposta de mudança da regra operativa e a ANA está apresentando hoje essa
nova regra operativa que recupera o reservatório mais rapidamente. O que chama
atenção na exposição da Sra. Martha é a preocupação enquanto comitê, com a
vazão afluente, ou seja, a vazão que chega no reservatório. Precisamos levantar
esses dados, o que a ONS passou na reunião em Brasília é que houve uma
diminuição da vazão afluente. O Sr. João Carlos Pelicer, representante da AES
afirmou que a empresa tem obrigações com a sociedade, está cumprindo
rigorosamente o contrato de concessão, pelas obrigações legais e ambientais; é
fiscalizada anualmente pela ANEEL. Citou que há várias faixas na cidade de
Caconde dizendo que a AES não está cumprindo o contrato. Não é verdade. O trabalho
é intenso e isso é muito desagradável para nossa empresa haja vista que não
temos nenhuma pendência referente ao contrato. A segunda questão é sobre a
moção que relata sobre a empresa estar prejudicando o uso dos recursos hídricos
no rio Pardo, essa não é nossa intenção. Não operamos e geramos o que queremos
e sim de acordo com a ONS. Continuou respondendo dúvidas levantadas na
plenária. Comentou que se estabeleceu uma cota, mas porque essa cota? Onde está
embasada? A nossa intenção é buscar uma solução consensual, visando buscar uma
proposta que atendesse não em 100% mas minimamente cada uma das partes, não
devendo impactar significativamente a empresa e o controle de cheias. É lógico
que não vamos simplesmente mudar esses números, não é um valor alheio,
entendemos que é sério, que podemos cumprir, manter o controle de cheias e os
32 m3. Podem ser feitos novos estudos mais aprofundados. Entendemos
que a 1ª prioridade é o consumo humano, depois geração seguida do turismo
devendo ser respeitada essa classificação das prioridades. O Sr. Genésio
explica a composição do comitê, que a moção cumpriu sua finalidade e o assunto
foi debatido em várias reuniões para se chegar a um consenso que possa atender
a todos. Novamente retorna a palavra ao Sr. Fernando colocando-se à disposição,
ressaltando que o contrato de concessão tem que zelar por toda a área
desapropriada em todo o período de concessão. É um dos itens que estamos
avaliando, o qual denomina-se Articulação Institucional. Atualmente muitos dos
conflitos de uso múltiplo de reservatórios hidrelétricos têm ocorrido por falta
de informação, portanto a concessionária tem que zelar pelo bem público
fornecendo informações aos municípios de
cada região, por meio do Plano de Gestão Patrimonial apresentado. Esse plano já
foi aprovado e a concessionária está cumprindo todas as regras operacionais.
Diante da aprovação formal desse Plano será feita uma recomendação da ANEEL,
propondo um seminário junto ao comitê que busque um entendimento com os
municípios da região para informá-los como funciona o reservatório, qual seu
objetivo, qual seu projeto de engenharia, quais as vantagens do empreendimento
e o que gera. Retornando a palavra ao Sr. Prefeito de Caconde, esclareceu as
considerações que foram citadas, no que tange a mortandade de peixes não foi
por falta de água mas pelo aumento da quantidade de bactérias e matéria
orgânica na represa. Isso é responsabilidade de melhoria e manutenção do meio
ambiente. A questão de abrir as comportas foi uma forma de colocação porque
nesse determinado período gera-se mais energia, usa-se mais água quando se
deveria economizar. Quanto a usina de Carrapatos, a licença vigorava até 16 de
dezembro, a AES perdeu o interesse de construir, tentou negociar o projeto com
outra empresa e não conseguiu, deixou de construir uma usina que poderia aumentar a geração de
energia necessária. Referente as faixas colocadas na cidade, realmente
entendemos que a empresa descumpre o contrato. Se estivesse cumprindo não
estaríamos discutindo em plenária. Se estivesse cumprindo a Lei 9433 e o
contrato, estaria garantindo o uso múltiplo das águas. No tocante a São José do
Rio Pardo, do mesmo modo que tem irrigação e abastecimento do gado nós também
temos. A questão da falta de água em Santa Rosa de Viterbo e dos municípios
abaixo alerta pela quantidade enorme de irrigações ao longo do rio Pardo e a
maioria delas irregulares. Estamos discutindo um relatório elaborado pela ONS
que trata exclusivamente da parte técnica e financeira de geração de energia
elétrica. Em momento algum, a ONS ou a ANA elaborou estudo do impacto que o
baixo nível da represa está causando ao meio ambiente e a ANA como órgão
responsável e controlador de todo o sistema precisaria se ater também a esse
aspecto e não firmar posição no sentido de endossar única e exclusivamente o
relatório da ONS que vê só a parte da energia elétrica. Solicitou ao presidente
da mesa para que se colocasse em votação a proposta apresentada pelo Sr.
Rodopiano acrescentada do item que estabelecesse a média do nível mínimo em
primeiro de outubro dos últimos sete anos e que também fosse criado um setor
dentro dos dois comitês para discutir a necessidade de soltar ou restringir
mais água. O Sr. Genésio alerta pela falta do quorum, apresentando várias
propostas a plenária como transferir para a reunião do dia doze ou dividir a
proposta do Sr. Prefeito em duas. Uma terceira proposta seria a apresentada
pela Sra. Martha. Assume a palavra o Sr. José Carlos Coelho, dizendo que
devemos ter mais cuidado para discutirmos essa questão, não temos elementos
para uma decisão, é preciso estudos. Buscar governo e técnicos para
participarem desses estudos. Com o retorno da palavra, o Sr. Rodopiano informou
que o seu comitê já deliberou proposta para encaminhamento. Há conflitos na bacia
e temos que resolvê-los. Estaremos encaminhando a partir de segunda feira
próxima uma proposição de prejuízo de conflito no que tange ao comitê
Mogi-Pardo em Minas Gerais. Nossa intenção é estabelecer uma regra operacional
que contemple a AES e demais usuários. Minas Gerais está sentindo-se muito
prejudicada então encaminharemos esse conflito ao Conselho Estadual de Recursos
Hídricos. Como última manifestação plenária o Sr. Genésio alude ao fato que
estaremos encaminhando um resumo das providências a serem tomadas a ANA, ANEEL
e ONS, culminando com a criação de um grupo técnico e incorporando a Câmara
Técnica de Outorga com a participação dos dois comitês, mediante ao estudo que
será realizado com um prazo mínimo necessário para estudar e rever os parâmetros
apresentados. O Sr. Genésio agradeceu a todos e deu por encerrada a Primeira
Reunião Extraordinária do CBH-Pardo do ano de 2004, não havendo mais nenhuma
sugestão ou colocação por parte do Plenário, cuja ata foi por mim, Celso
Antônio Perticarrari, lavrada. Ribeirão Preto, cinco de março de dois mil e
quatro.