ATA DA 24ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO COMITÊ DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO BAIXO PARDO / GRANDE
Aos cinco dias do
mês de outubro de dois mil e seis, no Auditório da Associação Comercial e
Industrial de Barretos, na Rua 20 n.º 725 – Barretos/SP, com início às 14h00,
realizou-se a 24ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo
Pardo/Grande, com um total de 27 (vinte e sete) membros do comitê, mas, somente
23 (vinte e três) com direito a voto, a seguir discriminados: Luiz Antonio B.
da Rocha (Titular – ABEAA); Angela Maria M. do Prado Brunelli (titular –
ACIAB); Laercio Lourenço Lellis (titular – ACIG); Antonio Leandro Pagoto
(titular – Canaoeste); Otávio Ricardo Sempionato (titular – COOPERCITRUS);
Jackson Roberto de Medeiros (titular – Fórum 2000); Pedro Geraldo Spechoto
(titular – Associação Citroregional); Flávio Carvalho Viegas (suplente –
Associação Brasileira dos Citricultores); Márcia M. Campos Borges (titular –
OAB); Hélio de Oliveira Diamantino (titular – ABEMAIA); Renato Massaro Sobrinho
(suplente – Sindicato Rural de Guaira); Gediel Toledo Martins (suplente -
Sindicato Rural Vale do Rio Grande); José Orlando Levy (titular – CETESB);
Walter Tadeu L. Coiado (suplente- CETESB); Maria Ângela M. H. Tchakerian
(suplente – DRADS); Cláudio Daher Garcia (titular – DAEE); Alba Regina Coutinho
(suplente – DRE); Marco Aurélio M. Pereira (titular – DER); Claudio Antero
Machado (titular – EDR); João Amadeu Giacchetto (suplente – EDR); Rita de
Cássia Rocha (suplente – PM Barretos); Jorge Carneiro Campos Jr. (suplente – PM
Bebedouro); Walid Khouri (suplente – PM Guaira); Benedito F. dos Santos
(suplente – PM Jaborandi) e Samir Assad Nassbine (titular – PM de Terra Roxa).
Com a palavra, o presidente do CBH-BPG e prefeito municipal de Terra Roxa, Dr.
Samir Assad Nassbine, cumprimentou e agradeceu a presença de todos e alertou
para o assunto desta reunião que é de extrema importância para a preservação da
bacia do Rio Velho e que será apresentado e discutido o Relatório de Situação
da Bacia do Rio Velho elaborado por técnicos do DAEE; além de discutir a
implantação da Cobrança pelo Uso da Água no estado de São Paulo. Em seguida,
passou a palavra ao Secretário Executivo do CBH-BPG e representante do DAEE,
Claudio Daher Garcia, para proceder as informações gerais. Com a palavra,
Claudio Daher Garcia, cumprimentou a todos iniciou dizendo que estão presentes
alguns usuários da Bacia do Rio Velho e esclareceu que o convite foi feito
somente via imprensa e não individual. Colocou em votação a Ata da 23ª Reunião
Ordinária do CBH-BPG e propôs a dispensa da leitura, visto que todos já haviam
recebido com antecedência. A proposta foi aceita e a Ata aprovada por
unanimidade. Na seqüência, falou sobre o
SINFEHIDRO – Sistema de Informações do FEHIDRO. Esclareceu que até então a tramitação
de papel neste sistema é muito grande o que retarda o andamento do
processo. Com o SINFEHIDRO isso muda,
pois tudo é feito por meio magnético. Está previsto para o SINFEHIDRO II entrar
em operação em 16/10/2006. Na seqüência, lembrou que o Agente Financeiro irá
mudar, a partir de 2007, de Banespa para Nossa Caixa e os contratos que ainda
não tiveram a 1ª parcela liberada, irão passar para a Nossa Caixa, de imediato.
Falou ainda, sobre o Programa Água Limpa, que é um projeto do Governo em que
todos os municípios não operados pela SABESP e que possuam até 30.000
habitantes teriam financiada, a estação de tratamento de esgoto. Na nossa bacia
temos apenas Morro Agudo que já iniciou as obras; e agora esse programa irá
financiar também o projeto. Então se algum município se enquadrar nessa
situação, ou seja, não operado pela SABESP e com menos de 30.000 habitantes e
quiser elaborar o projeto, é uma oportunidade.
Falou ainda, sobre os tomadores de 2006. De 10 (dez) projetos, 05
(cinco) já foram assinados. Dos que ainda não foram assinados, uns estão no
agente técnico e outros no Agente Financeiro, prontos para emissão de contrato.
Na seqüência, passou a palavra para o Eng.º Antonio Osmar Fontana - CEPAM, que
cumprimentou a todos e pediu desculpas por fazer uso de uma reunião como a de
hoje, um pouco polêmica. Iniciou dizendo que já foi apresentada, no ano
passado, um seminário em
Terra Roxa sobre o “Município e a Gestão de Recursos
Hídricos”, e agora temos a proposta de trazer novas ferramentas para que se possa,
em um segundo momento, através de um novo contrato junto ao FEHIDRO, implantar
a gestão de recursos hídricos junto aos municípios, como por exemplo, um
sistema de monitoramento e indicadores ambientais. Já está sendo implantado no
PCJ, onde esse trabalho já foi concluído; agora, queremos em Novembro, realizar
um novo evento na BPG também. E, para a realização desse evento, deixou à
disposição 02 datas (22 e 24/11/2006) e ficou decidido para o dia 22/11/2006.
Agradeceu a atenção e passou a palavra ao Claudio. Com a palavra, Claudio
apresentou os técnicos do DAEE, Eng.º Paulo Sérgio Cintra e Eng.º Mário Geraldo
Correia; e passou a palavra para o Eng.º Paulo Cintra. Com a palavra, o Eng.º
Paulo Cintra iniciou a apresentação, fazendo um resumo sobre o Sistema de Gerenciamento
de Recursos Hídricos. Falou também sobre outorga e fiscalização que são
atividades de responsabilidade do DAEE. Disse que através das outorgas, é
possível verificar a disponibilidade hídrica das bacias hidrográficas, e em
função disso, já foram deliberadas críticas um total de 09 (nove) bacias no
estado de São Paulo, sendo que uma está na UGRHI 12 – BPG, que é o Ribeirão das
Pitangueiras. Passou então a apresentar a caracterização geral da Bacia do Rio
Velho e disponibilidade hídrica. Fez uma comparação do Qdemanda= 10.569,55 m3/h
e Q7 10= 4.517,00m3/h. Dessa forma a demanda está ultrapassando a vazão de
referência que é 50% do Q7 10, ou seja, 2.258,50m3/h. Passou então, à algumas
sugestões de ações do DAEE, inclusive em primeira instância, em que o
superintendente do DAEE, solicitou à Secretaria Executiva, declarar esta bacia
crítica, entre outras sugestões, o monitoramento da bacia, com instalação de
postos fluviométricos com realização de medição de descarga. Na seqüência,
apresentou alguns usuários cadastrados na bacia do Rio Velho, seus usos e
condições. Em seguida, colocou o assunto em discussão. Na
seqüência, o usuário da Bacia do Rio Velho, Sr. Bruno Jacintho, solicitou a
palavra e disse ser o último usuário da bacia, inclusive o primeiro a fazer
outorga, principalmente pelos investimentos que já possui e pelos investimentos
que ainda quer fazer e por querer fazer tudo legalizado. Disse ser outorgado
desde o ano de 2000 e que agora quer investir mais na sua propriedade, mas não
está conseguindo renovar sua outorga e está sem saber como proceder. Com a
palavra, o Eng.º Paulo Cintra, falou que essa reunião é justamente para definir
os procedimentos a serem tomados a partir de agora, visando resolver a situação
desta bacia, mas que as decisões tomadas ficarão à cargo do comitê. Com a
palavra, Claudio informou que quando o superintendente do DAEE solicitou ao
comitê, declarar a Bacia do Rio Velho como sendo crítica, o primeiro passo foi
consultar todas as deliberações de bacias críticas e deixar a deliberação do Rio Velho a mais
restritiva possível para se abrir um parâmetro do que pode e do que não pode; e
em reunião de Câmara Técnica, realizada para discutir essa questão, foram
tirandas algumas restrições, complementando algum ponto, até chegar nessa minuta
que será apresentada e submetida à aprovação, ainda hoje. Na seqüência passou a
palavra para a Eng.ª Angela M. M. P. Brunelli, vice-presidente do CBH-BPG e
representante da ACIAB. Com a palavra, Angela cumprimentou a todos e disse que
em reunião da Câmara Técnica, foi feito um balanço em torno de 142 usos, mas
chamou a atenção, que o que está outorgado hoje, está em torno de 50% do Q7 10,
mas tem um pedido, que só ele atinge os 50% do Q7 10; e em seguida leu a minuta
de Deliberação CBH-BPG n.º 059/2006. Com a palavra, o Eng.º Mário Geraldo, comentou
o item VII do Art. 3º na minuta de deliberação que diz o seguinte: “Indeferir o
requerimento de regularização de outorga para captação realizada na condição
“a-fio-d´água” para usos consuntivos até atingir o Q7 10” , que gerou discussão e
dúvidas. O DAEE ao avaliar essa questão não pensa no uso individual, e sim na
bacia como um todo. Dessa forma, ao se fazer o balanço hídrico, tem-se a
preocupação de verificar os usuários a montante e os usuários a jusante, sendo
assim, se na regularização for verificado que essa outorga irá prejudicar o
usuário a jusante, essa outorga não é concedida, independente de atingir o Q7
10, pois não se pode conceder uma renovação de outorga a um empreendimento que
irá prejudicar outro já outorgado, dessa forma, esse texto foge da prática, do
que de fato acontece. Com a palavra, Angela questionou o eng.º Mário Geraldo,
no seguinte: “Na discussão da CT-PLAGRHI, nós entendemos o seguinte: a garantia
do Q7 10 ao longo de todo o rio, ou seja, se você tem uma captação num
determinado ponto, mas não está garantido o montante, ela teria que ter um
barramento para garantir o Q7 10, ou seja, mais restritiva do que vocês estão
colocando. Com a palavra, Mário Geraldo, alega que a Deliberação até pode ser
mais restritiva, mas na prática não funciona, pois para se manter o Q7 10 ao
longo do trecho do rio com captação a fio d’água é praticamente impossível, a
menos que tenha barragens de regularização para manter a vazão do Q7 10, porque
a vazão de referência que fala no plano é a vazão do Q7 10 mais a vazão de
regularização. Mas, a vazão de regularização, hoje, em 99% dos casos são
barragens que regularizam a vazão do próprio interessado. O que se deve fazer de imediato é um cadastramento
de todos os usuários da bacia, pois sabemos que existem muitos usuários
clandestinos. Dessa forma, primeiramente deve ser feito cadastramento, convocar
todos os usuários, regularizados ou não e fazer um mapeamento da bacia, caso
contrário, a criticidade da Bacia do Rio
Velho nunca vai acabar, pois quem está irregular, vai continuar irregular. Na
seqüência, Dr. Samir tomou a palavra, e disse que não era técnico, mas existe
uma coisa chamada bom senso. De tudo que foi apresentado, não se tem certeza de
muita coisa. É necessário um melhor estudo, deve ser feito cadastramento de
usuários, pois não se sabe exatamente quantos captam na bacia do Rio Velho,
enfim a única coisa que todos querem é preservar o meio ambiente. Dessa forma,
propôs que fosse aprovado hoje, algo que se resolvesse em um curto espaço, para
ganhar tempo de se fazer um estudo mais aprofundado sobre o assunto, aí sim,
aprovar em definitivo, alguma ação que se julgar necessário. Por enquanto,
devemos apresentar sugestões que gerem soluções. Passou a palavra para a Ângela,
que, de posse da listagem de usuários outorgados na bacia, informou que já está
ultrapassado o volume do Q7 10, sem contar os que solicitaram regularização, os
que estão com outorgas vencidas, enfim, só os que estão devidamente regulares.
Tomando a palavra, Paulo Cintra lembrou que esses usuários constantes da
listagem são usuários que tem outorga do DAEE ou estão pleiteando
regularização, ou até mesmo, estão com suas outorgas vencidas. Lembrou ainda,
que são em torno de 50 usuários cadastrados, mas que cada um tem 2, 3, 4 ou até
mais usos, como por exemplo, o Sr. Bruno Jacintho, que tem 10 tipos de usos. O
Sr. Bruno Jacintho, tomou a palavra, disse estar disposto a colaborar para
minimizar o problema, visto que só a captação que ele faz, ultrapassa a vazão
do Q7 10; e acrescentou que não gosta de trabalhar irregular, sendo assim,
concorda em diminuir o volume captado, inclusive não vai mais instalar os novos
equipamentos que ia instalar, mas que devesse fazer um estudo mais aprofundado
desse assunto, pois mesmo sendo o último a captar nunca faltou água.
Acrescentou que há mais ou menos 5 anos atrás o rio baixou que forma nunca
vista antes, mas hoje conseguimos irrigar tranqüilamente. Paulo Cintra,
argumentou que deve ter baixado em época de seca e que isso deve ser
administrado, evitando desperdício. Angela, tomou a palavra e disse que o
assunto não se refere somente à falta d’água, mas também ao consumo de energia;
pois ninguém liga a bomba à toa, porque por enquanto só se paga energia, água
ainda não, dessa forma, ninguém está desperdiçando água. Mário Geraldo tomou a
palavra e disse que o intuito da outorga e de tornar ou não uma bacia crítica,
é simplesmente para que haja água. Não se pode outorgar um volume que não existe,
por isso existe o ponto de referência que é o Q7 10. Se o DAEE outorgar um
volume inexistente, poderá acarretar um problema jurídico, ou seja, o DAEE pode
ser questionado pelo promotor e isso gera um problema ainda maior. Desta forma,
o DAEE precisa ter um apoio jurídico para responder sem comprometer o órgão.
Com a palavra, o coordenador da CT-PLAGRHI e representante da CETESB, Walter
Tadeu L. Coiado, questionou o eng.º Mário Geraldo, da possibilidade de todos os
usuários serem beneficiados dentro da bacia, pois em reunião de CT-PLAGRHI
discutiu-se que, no caso de barramento, um volume de água é armazenado, não
interferindo diretamente no rio, ou seja, que medidas alternativas, poderiam
ser tomadas de forma a diminuir a interferência no rio, podendo assim atingir o
Q7 10 sem prejudicar nenhum usuário; ou ainda, qual seria o critério a ser
adotado? Impediria todos os usos e depois recomeçaria adequando cada uso? Qual
seria o critério indicado pelo DAEE? Tomando a palavra, Claudio acrescentou que
o receio da Câmara Técnica é autorizar os 50% do Q7 10 sem ter um número para se levar em
consideração. O Eng.º Laercio Lourenço Lelis, representante
da ACIAG, questionou se é obrigatório declarar a bacia crítica. Porque o que se
tem visto é o DAEE tomar recursos do FEHIDRO para fazer os estudos, e no caso
de Guaira, está tudo parado. O que deve ser feito é um estudo antecipado para
não deixar a bacia chegar nessa situação de criticidade. Tomando a palavra, o
representante da Associação dos Citricultores, Sr. Flávio Carvalho Viegas,
argumentou que, de acordo com o Sr. Bruno, ouve épocas de seca que o rio
baixou, mas não parou a captação, apenas diminuiu, dessa forma, já era para o
rio estar sem água há muito tempo, principalmente porque sendo seca ou não, as
captações continuam acontecendo. Dessa forma, está provado que é necessário
fazer um estudo melhor, porque ninguém constatou que o rio está em 50% do nível
dele. Esclareceu ainda, que não sabe se é dessa forma que avalia, mas é sabido
que, se falta água no rio, ele baixa, e isso não está ocorrendo. Em seguida,
fez a seguinte sugestão: uma parceria entre o DAEE e a CT-PLAGRHI para se fazer
um estudo detalhado, antes de declarar morte súbita para todos que estão
trabalhando e precisando das águas deste rio, e dar prazo para este estudo ser
concluído. Na seqüência, o Eng.º João Amadeu Giacchetto, representante da EDR
tomou a palavra e disse conhecer muito bem a bacia do Rio Velho, e que não é
admissível, hoje, pomares de laranjas enormes sendo irrigados com aspersores ligados.
O que deveria ser exigido pelo DAEE, são outros métodos de irrigação que
independam de grandes volumes de água. Além disso, deve-se adotar critérios
tipo, recomposição de mata ciliar; tipo de cultura (produção de alimentos,
energia, etc). Tomando a palavra, Angela sugere que se mantém o texto da Minuta
de Deliberação CBH-BPG n.º 059/2006, apresentada anteriormente, garantindo os
50% do Q7 10, mas o que não se deve fazer é simplesmente declarar crítica e
esquecer, além disso, a solução não é declarar crítica, parar tudo e não emitir
mais outorgas. Com a palavra, Dr. Samir solicitou do Eng. Mário Geraldo que
auxiliasse no sentido de resolver a situação. Com a palavra, o Eng.º Mário
Geraldo sugeriu que fosse deliberada crítica, pois isso é o início da solução
do problema, a partir daí, dar andamento ao processo com ferramentas que são
essenciais para a solução desse caso. Acrescentou que não basta deliberar, deve
ter uma equipe que realmente trabalhe em função desse problema, fazendo um
cadastramento real da bacia. Tomando a palavra, o representante do Sindicato
Rural de Bebedouro, Eng.º Agrônomo Newton Junqueira Franco sugeriu aguardar,
para que primeiramente fosse feito um cadastramento dos usuários, e só depois,
regulamentasse com propostas definitivas. Com a palavra, Claudio informou que
durante a reunião de CT-PLAGRHI tentou-se fazer um levantamento da real
situação da bacia, o que não se conseguiu, então, o mesmo foi ao DAEE em Ribeirão Preto,
e de posse de todos os processos cadastrados, conseguiu separar os usuários da
seguinte forma: N= novo uso; R= solicitou regularização; VR= vencida e não
pediu renovação; VS= vencida e solicitou renovação; OK= ainda tem outorga. De
acordo com essa planilha, podemos verificar alguns números, que se não forem os
reais, estão bem próximos da realidade. Com relação aos valores, são os
seguintes: N= 1200m3/h; R= 1400m3/h; VR= 1100m3/h; VS= 4100m3/h e OK= 2200m3/h.
Após sugeriu que fosse feito um acordo com os usuários, outorgando dentro do
possível por um período menor, ou seja, talvez por um ano, com a condição de
deixar passar a vazão mínima. Com a palavra, Angela sugeriu que o DAEE
estabelecesse um valor e paralelamente realizasse um trabalho de cadastramento
de todos os usuários, o que ajudará a eliminar os clandestinos. Com a palavra,
o Eng.º Mário Geraldo sugeriu que fosse dada ao usuário uma outorga provisória
de 6 meses e se o problema for financiamento, com a outorga ele consegue, dessa
forma o usuários já pode trabalhar. Em seguida, foi contestado, pois se ao
final desses 6 meses essa outorga não for renovada, o usuário perde todo
investimento e não terá como pagar o financiamento. A partir daí, gerou-se uma discussão sobre o
assunto. Angela solicitou que o Eng.º Luiz Antonio B. da Rocha, representante
da ABEAA, desse sua sugestão. Com a palavra, o Eng.º Rocha sugeriu que fosse
feito um estudo aprofundado da bacia e depois, de acordo com a legislação, ou
seja, deixando passar o Q7 10, fosse adequado a cada usuário um X de água,
porque não se pode inventar água; ou ela existe ou não existe. O primeiro passo
é o cadastramento de todos os usuários, pois pode acontecer de algum usuário
daquela região ter outorga e não necessitar de usar água, enquanto tem outros
precisando de água e não tem outorga. Então deve haver um estudo, de acordo com
o que o DAEE está propondo, inclusive instalar medidores de vazão; deve haver
uma associação de usuários, propondo um revezamento na utilização dos recursos
hídricos desta bacia. Tomando a palavra, o representante do CDHU, Eng.º Cássio
M.S. Junqueira Franco, lembrou que todos nós somos responsáveis pela manutenção
dos rios, e que às vezes utilizamos dos recursos hídricos de forma desenfreada.
Com a palavra, Angela Brunelli, propôs votar 03 propostas para a Minuta de
Deliberação CBH-BPG n.º 059/2006. Com a palavra, Dr. Samir chamou a atenção de
todos com relação às sugestões, ou seja, todos tem suas idéias, cada um acha
que tem que resolver de uma forma, um acha que tem que sobrevoar a região para
identificar todos os usuários, outros acham que isso se resolve através de
satélite, outro acha que alguém tem que correr o trecho, enfim, temos que
propor com responsabilidade, pois a viabilidade disso tudo é complicada. Propôs pensar na verba do ano que vem. Vamos
fazer esse cadastramento em 10 ou 11 meses, pois já tendo identificado os
usuários, o trabalho fica mais visível e muito mais fácil. Claudio propôs
aprovar a Deliberação da forma que está, dando prazo para o comitê fazer o
cadastramento e o DAEE fazer um estudo mais aprofundado. Rocha questionou o por
que da vazão para a BPG é 80%, sendo que em todos os lugares é 50% do Q7 10. O
Eng.º Mário Geraldo respondeu que é por ser uma bacia crítica. Após várias
discussões chegou-se a um consenso e finalmente Dr. Samir, presidente do CBH-BPG
colocou a Minuta de Deliberação CBH-BPG n.º 059/2006, com correções, em votação
a qual foi aprovada por unanimidade. Após, então Dr. Samir chamou todos à
conscientização, pois se sabe que este é um assunto polêmico e acredita que
daqui pra frente será sempre assim, pois todos sabem que a tendência é a
diminuição gradativa da água. Agradeceu a presença de todos e lembrou que o
assunto da Cobrança pelo Uso da Água que iria ser discutido nesta reunião
ficará para uma próxima ocasião e encerrou a reunião. Após então, conforme o
que foi dito nesta reunião, eu, Claudio Daher Garcia, Secretário Executivo do
CBH-BPG, lavrei a presente ata e assino ao final. Barretos, 05 de outubro de
2006.