5.2.3.- Controle do uso das águas subterrâneas
Segundo avaliação do CORHI, o principal problema ligado às aguas subterrâneas localiza-se no pouco conhecimento hidrogeológico disponível para uso e proteção dessas águas contra os agentes de poluição, seja de origem doméstica, industrial ou agrícola, tanto no meio urbano quanto rural.
Apresenta-se como urgente e necessário um cadastro dos poços, organizando-se um banco de dados e efetuando-se adequados estudos hidrogeológicos. A necessidade de monitoramento desses poços também coloca-se como problema a ser enfrentado.
O programa de proteção das águas subterrâneas deverá buscar os objetivos prioritários:
Conhecer as condições hidrogeológicas para obtenção das águas subterrâneas, formas de reuso e utilização das águas quentes dos aqüíferos confinados;
Implantar perímetros de proteção de poços e áreas de controle de fontes de poluição;
Estabelecer as condições de inserção das águas subterrâneas no sistema de gerenciamento das UGRHIs.
Nesse sentido, propõem-se:
Preparação de mapa hidrogeológico da bacia, com base nos dados disponíveis, imagens de satélite e controle de campo;
Monitoramento da qualidade e quantidade das águas subterrâneas extraídas por meio de poços tubulares, cacimbas e fontes ou nascentes;
Elaboração de modelos de simulação do tipo RASA ou similar, para estabelecer a inter-relação entre águas superficiais e subterrâneas da UGRHI;
Treinamento e capacitação;
Realização de estudos hidrogeológicos para definição das áreas de proteção das águas subterrâneas.
O CORHI estimou os seguintes custos para a proteção das águas subterrâneas:
Cadastro | Monitoramento | Total |
R$ 605.790,00 | R$ 894.210,00 | R$ 1.500.000,00 |
Ações :
a) Em parceria com as Prefeituras, o Comitê desenvolverá um programa de atualização do cadastro dos poços existentes na UGRHI e sua informatização, contemplando dados qualitativos e quantitativos, que permitam acompanhar e avaliar os diversos usos dos recursos hídricos subterrâneos;
b) Em parceria com as instituições de ensino e pesquisa instaladas na Bacia, deverão ser elaborados mapas detalhados de vulnerabilidade dos aqüíferos subterrâneos, além de identificar e cadastrar as fontes potenciais de contaminação;
c) Também em parceria com as instituições de ensino e pesquisa, o Comitê estimulará o desenvolvimento de programas de capacitação técnica para o manejo das águas subterrâneas;
d) Deverá ser elaborado plano de gestão dos recursos hídricos subterrâneos, com envolvimento de todos os Municípios da UGRHI.