É universalmente reconhecido o princípio fundamental de adoção da bacia hidrográfica como unidade físico-territorial básica para o planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos.
Entretanto, há dificuldade irrestrita para adoção desse princípio pois não há coincidência das divisas político-administrativas com os divisores de águas. Observa-se ainda que as interrelações políticas, sociais e econômicas entre as regiões e comunidades não respeitam nem as divisas nem os divisores. Mesmo no campo restrito dos recursos hídricos as reversões de águas obrigam o seu gerenciamento contemplando-se o conjunto de bacias hidrográficas envolvidas.
Por outro lado, para atender à diretriz política de gerenciamento integrado, descentralizado e participativo dos recursos hídricos, conforme preceitua o artigo 205 da Constituição Estadual, há necessidade de adoção de unidades hidrográficas com dimensões e características físicas, sócio-econômicas e políticas apropriadas. Bacias hidrográficas de grandes dimensões, contendo um número excessivo de municípios, ou com grande heterogeneidade física e sócio-econômica, dificultam, sobremaneira, o seguimento dessa diretriz.
No caso específico do Estado de São Paulo, as bacias hidrográficas que contêm territórios do Estado, pertencem à bacia do rio Paraná e às bacias do Atlântico Sul-Leste e Atlântico Sudeste, conforme divisão hidrográfica adotada pelo IBGE e pelo Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE) ( Figura 1 ).
Pode-se visualizar, no mapa da Figura 1 , que o Estado de São Paulo compartilha bacias hidrográficas com Minais Gerais e Paraná, no caso dos rios Grande e Paranapanema. Está a montante do Estado do Rio de Janeiro, no caso da bacia do rio Paraíba do Sul, a jusante de Minas Gerais, no caso dos rios Sapucaí, Pardo, Mogi-Guaçu e Piracicaba e a jusante do Estado do Paraná, no caso do rio Ribeira de Iguape. Considerando-se a bacia do rio Paraná, a montante do porto São José, o Estado de São Paulo deve compartilhar os recursos hídricos dessa importante bacia com Unidades da Federação situadas a montante dessa seção hidrográfica, a saber: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
A primeira divisão hidrográfica do Estado de São Paulo remonta ao Decreto nº; 4.388, de 14 de março de 1928, que regulamentou a Lei nº; 2.261, de 31 de dezembro de 1927, quando da reorganização do Serviço Meteorológico tendo em vista a sistematização das observações hidrometeorológicas. São Paulo foi, então, dividido em oito zonas hidrográficas :
1ª Zona - Bacia do rio Tietê, a montante da confluência do rio Piracicaba.
2ª Zona - Bacia do rio Tietê, entre a confluência do Bacia do rio Piracicaba até a sua foz, no rio Paraná.
3ª Zona - Bacias dos rios Peixe e Aguapeí.
4ª Zona - Bacia dos rios Paranapanema e Itararé, incluindo o Vale do rio Santo Antônio.
5ª Zona - Bacia do rio Ribeira de Iguape e vertentes marítimas.
6ª Zona - Bacia do rio Paraíba.
7ª Zona - Bacias dos rios Pardo e Mogi-Guaçu.
8ª Zona - Bacias dos rios Turvo, Preto e São José dos Dourados.
Na numeração das zonas hidrográficas adotou-se o sentido antihorário, a partir da bacia do rio Tietê.
O decreto previa que essa divisão fosse revisada à medida que os serviços hidrometeorológicos se desenvolvessem. Mas isso não ocorreu e até hoje o Centro Tecnológico de Hidráulica (CTH) publica os boletins de dados hidrológicos e hidrometeorológicos segundo as oito zonas citadas.
Todavia, nas décadas de 60/70, os estudos de planejamento de recursos hídricos realizados pelo DAEE consideraram subdivisões hidrográficas ao longo da bacia do rio Tietê, merecendo destaque os relativos ao Alto Tietê, a montante da barragem de Pirapora, do Convênio Hibrace e os da bacia do rio Piracicaba realizados por diversas empresas consultoras.
A partir de 1972, tendo em vista a sistematização das atividades de cadastramento e outorga de direito de uso dos recursos hídricos, a Diretoria de Planejamento e Controle do DAEE subdividiu as zonas hidrográficas em 18 subzonas, descritas no relatório Caracterização dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (DAEE - DP,1985).
Pelo Decreto nº; 26.479 de 17 de dezembro de 1986 as atividades do DAEE foram descentralizadas por bacias hidrográficas, com fundamento em proposta de base físico-territorial para o gerenciamento dos recursos hídricos, considerando-se sete Diretorias de Bacia, com atuação nas seguintes áreas hidrográficas: Alto Tietê - Baixada Santista, Médio Tietê, Baixo Tietê, Peixe - Paranapanema, Pardo - Grande, Paraíba - Litoral Norte e Ribeira do Iguape - Litoral Sul.
Outras entidades e empresas do Estado, como a Cetesb e a Sabesp, adotam divisões hidrográficas semelhantes à do DAEE, porém não coincidentes com ela.
Com a criação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH), pelo Decreto nº; 27.576, de 11 de novembro de 1987, estabeleceu-se como um de seus objetivos a "proposição de formas de gestão descentralizada dos recursos hídricos, em nível regional e municipal, adotando-se as bacias hidrográficas como unidades de gestão, de forma compatibilizada com as divisões político-administrativas" (Artigo 4º;, inciso V).
Com o fim de indicar a divisão hidrográfica a ser considerada no gerenciamento dos recursos hídricos, o CRH instituiu a Equipe Técnica Físico Territorial (ET-FT), sob coordenação do Instituto Geográfico e Cartográfico da Secretaria de Economia e Planejamento, da qual resultou a proposta apresentada a seguir.
Convém destacar que se trata de divisão hidrográfica de referência, a ser adotada em comum pelos órgãos e entidades do sistema integrado de gerenciamento de recursos hídricos. Nada obsta, porém, que cada instituição tenha sua base física de atuação regional atendendo necessidades e peculiaridades próprias.
I.1.1. Divisão Hidrográfica Proposta
A revisão da divisão hidrográfica do Estado de São Paulo tomou como ponto de partida as dezoito subzonas hidrográficas adotadas pelo DAEE.
Na primeira fase realizou-se a superposição de mapas temáticos considerando as seguintes características físicas, estreitamente relacionadas com os recursos hídricos: geomorfologia, geologia, hidrologia regional e hidrogeologia. A partir da análise dos mapas superpostos foram sugeridas as seguintes modificações na base inicial adotada:
divisão da subzona Pardo-Mogi Guaçu em três unidades hidrográficas: Alto Pardo-Mogi Guaçu, Baixo Pardo-Mogi Guaçu, e Pardo-Grande;
divisão da subzona do Médio Tietê em duas unidades: Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha; e
acréscimo da bacia do rio Santo Anastácio à Subzona do rio do Peixe, originando a unidade Peixe-Santo Anastácio.
Na segunda fase do trabalho foram considerados os aspectos políticos e sócio-econômicos, estudando-se, por exemplo, a compatibilização da divisão hidrográfica com a divisão regional existente em regiões de planejamento; o número de municípios com sede em cada unidade; as áreas de cada unidade e as distâncias rodoviárias; e os aspectos demográficos e sócio-econômicos.
Adotou-se como atributos desejáveis para cada unidade de gerenciamento de recursos hídricos, de forma a permitir ações regionais integradas: área não muito maior que 25 mil km 2 ; número máximo de municípios de cerca de 50; distâncias rodoviárias envolvidas no máximo da ordem de 300 km; e relativa homogeneidade sócio-econômica.
Visto que as províncias geomorfológicas se desenvolvem transversalmente às bacias hidrográficas, a divisão proposta na primeira fase conduziu a unidades de gerenciamento de recursos hídricos que atendiam aos requisitos citados. Uma das razões para esse fato é que a geomorfologia e a geologia estão relacionadas com a pedologia e, portanto, com a fertilidade dos solos agrícolas, ou seja, com o desenvolvimento sócio-econômico. Por essa razão, a divisão hidrográfica preliminar consolidou-se como proposta definitiva.
Para a denominação das unidades foram adotados os seguintes critérios: rio principal ou dois rios principais; divisão segundo trechos (alto, médio e baixo) e denominações regionais, resultando:
rio principal ou dois rios principais :
divisão segundo trechos:
denominações regionais
I.1.1.2. Caracterização das unidades de gerenciamento
As unidades de gerenciamento de recursos hídricos em que o Estado de São Paulo passa a ser oficialmente dividido, constam do mapa da ( Figura 2 ) , o qual inclui os limites das unidades hidrográficas, as divisas municipais e os limites das regiões de planejamento. Nele se constata, também, a inviabilidade de compatibilização da divisão hidrográfica com a regionalização do Estado em unidades de planejamento.
Na Figura 3 essas unidades de gerenciamento de recursos hídricos estão caracterizadas considerando-se: a vertente a que pertencem (bacia do Paraná ou vertente marítima); as regiões hidrográficas, que são partes ou conjuntos de bacias hidrográficas; e as 21 unidades de gerenciamento de recursos hídricos propostas e suas áreas de abrangência..
A medida que o Plano Estadual for sendo implantado essa divisão agora adotada poderá ser alterada. A agregação de novos dados sócio-econômicos e de uso do solo, mais recentes, poderá contribuir para essa alteração.
Ressalte-se que os estudos de planejamento dos recursos hídricos, dependendo do seu escopo, deverão contemplar regiões hidrográficas ou bacias com mais de uma unidade de gerenciamento de recursos hídricos como, por exemplo, as unidades sucessivas contidas na bacia do rio Pardo e Mogi Guaçu; as unidades vizinhas onde existam ou estejam previstas reversões de águas (Alto Tietê, Baixada Santista e Piracicaba); e as bacias hidrográficas compartilhadas com estados vizinhos.
Em outro estágio de detalhamento, as unidades de gerenciamento poderão ser subdivididas, em unidades de segundo nível, tendo em vista a formulação e implantação de planos e programas sub-regionais. Por exemplo a unidade do Alto Tietê poderá ser subdividida em:
Trecho 1: rio Tietê montante da Barragem da Penha;
Trecho 2: da Barragem da Penha até a Barragem Móvel na confluência com o rio Pinheiros;
Trecho 3: da Barragem Móvel até a Barragem Edgard de Souza, e
Trecho 4: da Barragem Edgard Souza até a Barragem do Pirapora.
A caracterização física e sócio-econômica das 21 unidades de gerenciamento de recursos hídricos consta de forma sucinta, na Tabela 1.
Tabela 1 - UNIDADE DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO
I.1.1.2.a. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
UNIDADE DE GESTÃO |
ÁREA DA BACIA |
GEOMORFOLOGIA |
GEOLOGIA |
AQÜÍFEROS |
VAZÃO MEDIA ESPECIFICA (l/s km 2 ) |
VAZÃO MÍNIMA ESPECIFICA (l/s km 2 ) |
|
|
Depressão Periférica e Província Costeira |
Pré-Cambriano e Carbonífero Superior |
C-Cristalino Pct-Tubarão Kjb-Botucatu |
|
|
Tietê/ Sorocaba |
14.850 |
Depressão Periférica e Cuestas Basálticas |
Permiano Indiso Pré-Cambriano e Carbonífero Superior |
C-Cristalino Pct-Tubarão Kjb-Botucatu |
|
|
Alto Tietê |
5.650 |
Planalto Atlântico |
Pré-Cambriano |
C-Cristalino Csp-Cenozóico |
14,51 |
4,25 |
Baixo Tietê |
15.347 |
Planalto Ocidental |
Cretáceo Superior |
Kb-Bauru |
7,23 |
2,08 |
Tietê Batalha |
13.394 |
Planalto Ocidental e Cuestas Basálticas |
Cretáceo Inferior |
Kb-Bauru |
7,83 |
7.84 |
Tietê Jacaré |
11.537 |
Depressão Periférica |
Cretáceo Superior |
Ksg-Serra Geral Kjb-Botucatu |
8,23 |
3,99 |
Aguapeí |
13.203 |
Planalto Ocidental |
Cretáceo Superior |
Kb-Bauru |
7,34 |
2,65 |
Peixe e Santo Anastácio |
14.740 |
Planalto Ocidental |
Cretáceo Superior |
Kb-Bauru |
7,59 |
3,19 |
Baixo Paranapanema |
26.254 |
Planalto Ocidental |
Cretáceo Superior e Inferior |
Kc-Caiua Kb-Bauru |
9,25 |
4,30 |
Alto Paranapanema |
22.730 |
Planalto Atlântico Depressão Periférica |
Cretáceo Inferior |
Pct-Tubarão Pen-Barra Dois Kjb-Botucatu |
10,91 |
4,13 |
Ribeira de Iguape e Litoral Sul |
16.791 |
Província Costeira |
Pré Cambriano |
C-Cristalino |
30,29 |
10,73 |
Baixada Santista |
2.887 |
Província Costeira |
Quaternário |
C-Cristalino |
54,72 |
17,66 |
Litoral Norte |
1.906 |
Província Costeira |
Pré Cambriano e Quaternário |
C-Cristalino |
55,08 |
18,89 |
Paraíba do Sul |
14.396 |
Planalto Atlântico |
Pré Cambriano e Terciário |
C-Cristalino Cta-Cenozóico |
14,93 |
5,83 |
Mantiqueira |
642 |
Província Costeira |
Pré Cambriano |
C-Cristalino |
32,71 |
12,46 |
Alto Pardo-Mogi |
11.291 |
Província Costeira Depressão Periférica |
Pré Cambriano Carbonífero Superior |
C-Cristalino Kjb-Botucatu Pct-Tubarão |
14,88 |
4,25 |
Sapucaí Grande |
9.077 |
Cuestas Basálticas |
Cretáceo Inferior |
Ksg-Serra Geral Basalto |
15,97 |
3,86 |
Baixo Pardo-Mogi |
12.180 |
Cuestas Basálticas |
Cretáceo Inferior |
Ksg-Serra Geral Basalto |
15,92 |
4,60 |
Pardo-Grande |
7.030 |
Planalto Central |
Cretáceo Superior |
Ksg-Serra Geral Kb-Bauru Basalto |
11,80 |
3,56 |
São José dos Dourados |
6.825 |
Planalto Central |
Cretáceo Inferior Diabásico e Basalto |
Kb-Bauru |
7,61 |
2,20 |
Turvo-Grande |
15.975 |
Planalto Central |
Cretáceo Inferior Diabásico e Basalto |
Kb-Bauru |
7,63 |
2,00 |
I.1.1.2.b.
Caracterização Sócio-EconômicaBacia Hidrográfica: Piracicaba
Com cerca de 3 milhões de habitantes, apresenta as maiores taxas de crescimento populacional do Estado. Campinas, cidade com um terço da população da região, é o principal polo de atração das atividades econômicas dessa Unidade Hidrográfica.
Na agricultura destaca-se a cultura de cana de açúcar na parte oeste e os hortifrutigranjeiros na parte leste.
O setor industrial é diversificado porém, predominam as agroindústrias do setor sucroalcooleiro e o polo petroquímico ao redor da cidade de Paulínea.
Na área dos transportes as rodovias Anhanguera, dos Bandeirantes e D. Pedro I representam importantes eixos de ligação do interior com a capital do Estado e com a região do Vale do Paraíba.
Os campus da USP e da UNICAMP são os destaques do setor educacional.
Municípios: Águas de São Pedro; Americana; Amparo; Analândia; Artur Nogueira; Atibaia; Bom Jesus dos Perdões; Bragança Paulista; Campinas; Charqueada; Cordeirópolis; Corumbataí; Cosmópolis; Ipeúna; Iracemápolis; Itatiba; Jaguariúna; Jarinu; Joanópolis; Limeira; Monte Alegre do Sul; Morungaba; Nazaré Paulista; Nova Odessa; Paulínia; Pedra Bela; Pedreira; Pinhalzinho; Piracaia; Piracicaba; Rio Claro; Rio das Pedras; Santa Bárbara D'Oeste; Santa Gertrudes; Santa Maria da Serra; Santo Antônio da Posse; São Pedro; Sumaré; Valinhos; Vinhedo.
Bacia Hidrográfica: Tietê/Sorocaba
Sorocaba com 370 mil habitantes e Jundiaí com 340 mil destacam-se nesta região de 1,8 milhões de habitantes.
No setor agrícola é um importante centro produtor de hortifrutigranjeiros para abastecimento da RMSP. Na porção noroeste predomina a cultura de cana de açúcar.
Mecânica e metalúrgica compõem o principal ramo do setor industrial. Usinas de açúcar e álcool concentram-se na parte norte e noroeste.
Nos transportes destacam-se as rodovias Castelo Branco, Raposo Tavares e Marechal Rondon.
Sorocaba e Botucatu destacam-se no setor educacional com diversos estabelecimentos de ensino superior.
Municípios: Anhembi; Araçoiaba da Serra; Bofete; Boituva; Botucatu; Cabreúva; Campo Limpo Paulista; Capela do Alto; Capivari; Cerquilho; Cesário Lange; Conchas; Elias Fausto; Ibiúna; Indaiatuba; Iperó; Itu; Itupeva; Jundiaí; Laranjal Paulista; Louveira; Mairinque; Mombuca; Monte Mor; Pereiras; Piedade; Pirapora do Bom Jesus; Porangaba; Porto Feliz; Rafard; Salto; Salto de Pirapora; São Roque; Sarapuí; Sorocaba; Tatuí; Tietê; Várzea Paulista; Votorantim.
Bacia Hidrográfica: Alto Tietê
Seus 17 milhões de habitantes ocupam um território que quase coincide com a RMSP. Nessa unidade encontra-se São Paulo, a capital do Estado, com cerca de 12 milhões de habitantes, a maior cidade da América do Sul. Destacam-se, ainda, Guarulhos com 800 mil habitantes, São Bernardo do Campo (600 mil), Osasco (560 mil) e Santo André (550 mil).
A horticultura, situada preferencialmente na parte leste, é a principal atividade agrícola da região.
A indústria automobilística da região do ABC (Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) é o polo indutor das demais atividades industriais. A intensa concentração industrial gerou elevado crescimento dos demais setores econômicos : comércio, serviços e financeiros.
Todas as grandes rodovias do Estado convergem para esta área. É também o mais importante entroncamento ferroviário.
É o mais destacado centro universitário do país.
Municípios: Arujá; Barueri; Biritiba-Mirim; Caieiras; Cajamar; Carapicuíba; Cotia; Diadema; Embú; Embú-Guaçu; Ferraz de Vasconcelos; Francisco Morato; Franco da Rocha; Guarulhos; Itapecerica da Serra; Itapevi; Itaquaquecetuba; Jandira; Mairiporã; Mauá; Mogi das Cruzes; Osasco; Poá; Ribeirão Pires; Rio Grande da Serra; Salesopólis; Santana de Parnaíba; Santo André; São Bernardo do Campo; São Caetano do Sul; São Paulo; Susano; Taboão da Serra; Vargem Grande Paulista.
Bacia Hidrográfica: Baixo Tietê
Com cerca de 560 mil habitantes é, demograficamente, pouco significativa no contexto estadual. Araçatuba com 160 mil habitantes e Birigüi com 70 mil são as maiores cidades.
A agricultura é representada pela pecuária de corte.
No setor industrial predominam os frigoríficos e artefatos de couro.
A infra-estrutura de transportes é representada pela rodovia Marechal Rondon e pela Hidrovia do Tietê.
No setor educacional a UNESP está representada em Araçatuba.
Municípios: Alto Alegre; Andradina; Araçatuba; Avanhandava; Barbosa; Bento de Abreu; Bilac; Birigui; Braúna; Buritama; Castilho; Coroados; Gastão Vidigal; Glicério; Guaraçaí; Guararapes; Itapura; José Bonifácio; Macaubal; Magda; Monções; Murutinga do Sul; Nipõa; Nova Luzitânia; Penápolis; Pereira Barreto; Planalto; Poloni; Promissão; Rubiácea; Sud Menucci; Turiuba; União Paulista.
Bacia Hidrográfica: Tietê/Batalha
400 mil habitantes é a população desta região. As maiores cidades são Lins, com 55 mil habitantes e Matão com 51 mil.
No setor agrícola predomina a pecuária na parte oeste; na parte leste a cana de açúcar.
Região predominantemente agrícola possui inexpressivo parque industrial. Industrias de implementos agrícolas e sucocítricas na cidade de Matão são os destaques.
As rodovias Marechal Rondon e Washington Luís situam-se nos limites sul e norte da região. A parte central é cortada pela Hidrovia do Tietê.
Municípios: Adolfo; Avaí; Bady Bassitt; Balbinos; Borborema; Cafelândia; Dobrada; Guaiçara; Guarantã; Ibirá; Irapuã; Itajobi; Itápolis; Jaci; Lins; Matão; Mendonça; Nova Aliança; Novo Horizonte; Pirajuí; Piratininga; Pongaí; Potirendaba; Presidente Alves; Reginópolis; Sabino; Sales; Santa Ernestina; Taquaritinga; Uru; Urupês.
Bacia Hidrográfica: Tietê/Jacaré
Bauru (280 mil habitantes), Araraquara (160 mil) e São Carlos (150 mil) são as principais cidades desta Unidade Hidrográfica, que contém um total de 1,1 milhões de habitantes.
A cana de açúcar, os citros e a pecuária são as principais atividades agrícolas.
As indústrias sucroalcooleiras, sucocítricas, alimentícias e mecânica representam o parque industrial da região.
A rodovia Washington Luís ao norte, a Marechal Rondon ao sul e a Hidrovia do Tietê na parte centro-sul formam o principal sistema viário.
Campus da USP, UNESP e UFSCAR representam o setor educacional de nível superior.
Municípios: Agudos; Araraquara; Arealva; Areiópolis; Bariri; Barra Bonita; Bauru; Boa Esperança do Sul; Bocaina; Boracéia; Brotas; Dois Córregos; Dourado; Iacanga; Ibaté; Ibitinga; Igaraçu do Tietê; Itaju; Itapuí; Itirapina; Jaú; Lençóis Paulista; Macatuba; Mineiros do Tietê; Nova Europa; Pederneiras; Ribeirão Bonito; São Carlos; São Manuel; Tabatinga; Torrinha.
Bacia Hidrográfica: Aguapeí
A população total dessa unidade é de 390 mil habitantes. As maiores cidades são Tupã com 64 mil habitantes, Garça com 42 mil e Dracena com 39 mil.
A agricultura é representada pela pecuária.
No setor industrial predominam os frigoríficos e as industrias extrativas de óleo vegetal.
As rodovias Marechal Rondon e SP-294 contornam a região em seus limites norte e sul.
Municípios: Álvaro de Carvalho; Clementina; Dracena; Gabriel Monteiro; Garça; Getulina; Guaimbé; Herculândia; Iacri; Julio Mesquita; Lavínia; Lucélia; Luisiânia; Mirandópolis; Monte Castelo; Nova Guataporanga; Nova Independência; Pacaembu; Panorama; Parapuã; Paulicéia; Piacatu; Pompéia; Queiroz; Quintana; Rinópolis; Salmourão; Santa Mercedes; Santópolis do Aguapeí; São João do Pau D'Alho; Tupã; Tupi Paulista; Valparaíso; Vera Cruz.
Bacia Hidrográfica: Peixe/ Santo Anastácio
Presidente Prudente com 180 mil habitantes e Marília com 160 mil são as principais cidades dessa região que no total congrega cerca de 680 mil habitantes.
A pecuária é a principal atividade agrícola.
Os frigoríficos e as industrias alimentícias em geral predominam no setor industrial.
A rodovia Raposo Tavares ao sul e a SP-294 ao norte são os principais eixos viários.
Municípios: Adamantina; Alfredo Marcondes; Álvares Machado; Bastos; Borá; Caiabu; Caiuá; Flora Rica; Flórida Paulista; Indiana; Inúbia Paulista; Irapuru; Junqueirópolis; Lutécia; Marabá Paulista; Mariápolis; Marília; Martinópolis; Oriente; Oscar Bressane; Osvaldo Cruz; Ouro Verde; Piquerobi; Presidente Bernardes; Presidente Epitácio; Presidente Prudente; Presidente Venceslau; Regente Feijó; Sagres; Santo Anastácio; Santo Expedito
Bacia Hidrográfica: Baixo Paranapanema
A maior, em extensão, das Unidades Hidrográficas, apresenta uma das menores densidades demográficas do Estado. Com população total de 580 mil habitantes a maior participação é das cidades de Assis com 83 mil habitantes e Ourinhos com 74 mil.
Na parte oeste predomina a pecuária, na leste a produção de grãos (soja e trigo) e a cana de açúcar.
Destacam-se no setor industrial as usinas de açúcar e álcool e as extrativas de óleo vegetal
O trecho final da rodovia Castelo Branco e a Raposo Tavares são os principais corredores viários da região.
Municípios: Águas de Santa Bárbara; Alvinlâdia; Anhumas; Assis; Avaré; Cabrália Paulista; Campos Novos Paulista; Cândido Mota; Cerqueira Cesar; Chavantes; Cruzália; Duartina; Echaporã; Estrela do Norte; Florínea; Gália; Ibirarema; Iepê; Itatinga; João Ramalho; Lucianópolis; Lupércio; Maracaí; Mirante do Paranapanema; Narandiba; Ocauçu; Óleo; Ourinhos; Palmital; Paraguaçu Paulista; Pardinho; Pirapozinho; Platina; Quatá; Rancharia; Ribeirão do Sul; Salto Grande; Sandovalina; Santa Cruz do Rio Pardo; São Pedro do Turvo; Taciba; Tarabaí; Teodoro Sampaio; Ubirajara.
Bacia Hidrográfica: Alto Paranapanema
As cidades de Itapetininga com 110 mil habitantes e Itapeva com 88 mil são os destaques nesta unidade que conta com um total de 600 mil habitantes.
Região predominantemente agrícola onde se destaca o cultivo de grãos (feijão, milho e trigo).
A Raposo Tavares é a principal rodovia da região.
Municípios: Angatuba; Arandu; Barão de Antonina; Bernardino de Campos; Buri; Capão Bonito; Coronel Macedo; Fartura; Guapiara; Guareí; Ipauçu; Itaberá; Itaí; Itapetininga; Itapeva; Itaporanga; Itararé; Manduri; Paranapanema; Pilar do Sul; Piraju; Ribeirão Branco; Riversul; São Miguel Arcanjo; Sarutaiá; Taguaí; Taquarituba; Tejupá; Timburi.
Bacia Hidrográfica: Ribeira de Iguape/Litoral Sul
É a região de menor densidade demográfica do Estado. A população total é de 310 mil habitantes, destacando-se a cidade de Registro com 59 mil habitantes e Jacupiranga com 45 mil.
Na agricultura predominam o cultivo de chá e banana. Na industria predominam as extrativas minerais no interior e as pesqueiras no litoral.
A rodovia Régis Bittencourt é a principal via de ligação com a capital do Estado.
Municípios: Apiaí; Barra do Turvo; Cananéia; Eldorado; Iguape; Iporanga; Itariri; Jacupiranga; Juquiá; Juquitiba; Miracatu; Pariquera-Açu; Pedro de Toledo; Registro; Ribeira; Sete Barras; Tapiraí.
Bacia Hidrográfica: Baixada Santista
Depois do Alto Tietê é a unidade com maior densidade demográfica. Santos com 520 mil habitantes, São Vicente com 270 mil e Guarujá com 230 são as cidades que se destacam nesta região de 1,3 milhões de habitantes.
A atividade econômica está voltada principalmente para o setor industrial e o comércio.
A indústria concentra-se no município de Cubatão, um dos maiores pólos petroquímicos do país.
O turismo é o principal indutor das atividades comerciais.
Na cidade de Santos encontra-se o maior porto exportador e importador de produtos industrializados do país.
As rodovias Anchieta, dos Imigrantes, Mogi-Bertioga, Pedro Taques, Manoel da Nóbrega e a BR-101 são as principais vias de acesso à região.
O ensino de nível superior concentra-se na cidade de Santos.
Municípios: Cubatão; Guarujá; Itanhaém; Mongaguá; Peruíbe; Praia Grande; Santos; São Vicente.
Bacia Hidrográfica: Litoral Norte
A segunda menor Unidade Hidrográfica conta com um total de 137 mil habitantes distribuídos em 4 municípios, onde se destaca Caraguatatuba com 56 mil habitantes.
As atividades econômicas estão representadas exclusivamente pelas atividades comerciais voltadas ao turismo, intenso na região.
Em São Sebastião encontra-se o maior porto importador de petróleo do país.
A rodovia dos Tamoios e a BR-101 são as principais ligações rodoviárias da região.
Municípios: Caraguatatuba; Ilhabela; São Sebastião; Ubatuba.
Bacia Hidrográfica: Paraíba Do Sul
1,5 milhões de habitantes é a população total desta região. São José dos Campos com 434 mil habitantes, Taubaté com 240 mil e Jacareí com 170 mil são as maiores cidades.
Na atividade agrícola predomina a pecuária leiteira.
No setor industrial diversificado predominam as indústrias químicas, petroquímicas, mecânicas, metalúrgicas e a única indústria aeronáutica do país.
A rodovia Presidente Dutra e a dos Trabalhadores transformam-na no eixo de ligação de São Paulo com o Estado do Rio de Janeiro.
Campus da UNESP e o ITA são os destaques no setor educacional de nível superior.
Municípios: Aparecida; Areias; Bananal; Caçapava; Cachoeira Paulista; Cruzeiro; Cunha; Guararema; Guaratinguetá; Igaratá; Jacareí; Jambeiro; Lagoinha; Lavrinhas; Lorena; Monteiro Lobato; Natividade da Serra; Paraibuna; Pindamonhangaba; Piquete; Queluz; Redenção da Serra; Roseira; Santa Branca; Santa Isabel; São José do Barreiro; São José dos Campos; São Luís do Paraitinga; Silveiras; Taubaté; Tremembé.
Bacia Hidrográfica: Mantiqueira
A menor das Unidades Hidrográficas do Estado. Com 34 mil habitantes, Campos do Jordão é a cidade que se destaca nessa região de 50 mil habitantes.
A pecuária leiteira é a principal atividade econômica da região.
Destaca-se também o comércio ligado às atividades turísticas.
A SP-132 e a SP-50 são as vias de ligação da região com o Vale do Paraíba.
Municípios: Campos do Jordão; Santo Antônio do Pinhal; São Bento do Sapucaí.
Bacia Hidrográfica: Alto Pardo/Mogi
A região contém cerca de um milhão de habitantes, destacando-se as cidades de Mogi-Guaçu com 110 mil, Araras com 82 mil e São João da Boa Vista com 70 mil habitantes.
O setor agrícola é altamente diversificado; cana de açúcar, citros, batata e cebola são os principais produtos. A pecuária também é significativa.
No setor industrial as atividades alimentícias, de celulose e papel, os frigoríficos e as usinas de açúcar e álcool se destacam.
Na área de transportes destacam-se as rodovias Anhanguera e SP-340.
Municípios: Aguaí; Águas da Prata; Águas de Lindoia; Araras; Caconde; Casa Branca; Conchal; Descalvado; Divinolândia; Espírito Santo do Pinhal; Itapira; Itobi; Leme; Lindóia; Mococa; Mogi-Guaçu; Mogi-Mirim; Pirassununga; Porto Ferreira; Santa Cruz da Conceição; Santa Cruz das Palmeiras; Santo Antônio do Jardim; São João da Boa Vista; São José do Rio Pardo; São Sebastião da Grama; Serra Negra; Socorro; Tambaú; Tapiratiba; Vargem Grande Do Sul.
Bacia Hidrográfica: Sapucaí/Grande
A cidade de Franca com 210 mil habitantes representa quase a metade da população total dessa região (480 mil habitantes).
A pecuária destaca-se no setor agrícola, assim como a produção de grãos.
Na indústria os destaques são os artefatos de couro (calçados) e as alimentícias.
Nos transportes a rodovia Anhanguera é a principal via de ligação da região.
Municípios: Aramina; Batatais; Buritizal; Cristais Paulista; Franca; Guaíra; Guará; Igarapava; Ipuã; Itirapuã; Ituverava; Jeriquara; Miguelópolis; Nuporanga; Patrocínio Paulista; Pedregulho; Restinga; Ribeirão Corrente; Rifaina; ; Santo Antônio da Alegria; São Joaquim da Barra; São José da Bela Vista.
Bacia Hidrográfica: Baixo Pardo/Mogi
A região conta com 900 mil habitantes, dos quais 430 mil concentram-se na cidade de Ribeirão Preto.
Sertãozinho com 74 mil habitantes e Jaboticabal com 58 mil são outras importantes cidades dessa unidade.
Na agricultura destaca-se por ser a maior região canavieira do Estado. Ao norte da região predomina o cultivo de cereais.
As usinas de açúcar e álcool são as representantes do setor industrial.
A rodovia Anhanguera destaca-se no setor de transportes.
Campus da USP e da UNESP representam o setor educacional de nível superior.
Municípios: Altinópolis; Américo Brasiliense; Barrinha; Brodósqui; Cajuru; Cássia dos Coqueiros; Cravinhos; Dumont; Guariba; Jaboticabal; Jardinópolis; Luís Antônio; Pitangueiras; Pontal; Pradópolis; Ribeirão Preto; Rincão; Sales de Oliveira; Santa Lúcia; Santa Rita do Passa Quatro; Santa Rosa de Viterbo; São Simão; Serra Azul; Serrana; Sertãozinho; Taiúva.
Bacia Hidrográfica: Pardo/Grande
A população total é de 247 mil habitantes, ressaltando-se Barretos com 83 mil e Bebedouro com 58 mil habitantes.
A pecuária e a produção de citros são os destaques na agricultura.
As indústrias sucocítricas e os frigoríficos são os representantes do setor industrial.
Nos transportes destaca-se a SP-326 como a principal rodovia da região.
Municípios: Altair; Barretos; Bebedouro; Colina; Colômbia; Guaraci; Icém; Jaborandi; Morro Agudo; Orlândia; Terra Roxa; Viradouro.
Bacia Hidrográfica: São José dos Dourados
No aspecto demográfico é a terceira menor Unidade Hidrográfica. Com apenas 160 mil habitantes esta região tem como principal cidade a de Jales com 39 mil habitantes. Santa Fé do Sul com 25 mil habitantes é a segunda maior cidade da região.
Unidade eminentemente agrícola apresenta os cereais e as frutas como principais produtos.
A indústria é pouco significativa na região.
A rodovia Washington Luís ao sul e a SP-320 ao norte são as principais vias de acesso.
Municípios: Aparecida D'Oeste; Auriflama; Floreal; General Salgado; Guzolândia; Jales; Marinópolis; Monte Aprazível; Neves Paulista; Nhandeara; Palmeira D'Oeste; Rubinéia; Santa Fé do Sul; Santana da Ponte Pensa; São Francisco; São João das Duas Pontes; Sebastianópolis do Sul; Três Fronteiras.
Bacia Hidrográfica: Turvo Grande
Em número de municípios (55) é a maior Unidade Hidrográfica do Estado. A população total é de 900 mil habitantes. São José do Rio Preto com 260 mil habitantes é a "capital" da região. Catanduva com 89 mil e Votuporanga com 67 mil habitantes são outras cidades de destaque.
O setor agrícola está voltado primordialmente para a produção de cereais na porção norte da região; no sul predomina a cana de açúcar e os citros.
O setor industrial tem as usinas de açúcar e álcool, a extração de óleos vegetais e a sucocítrica como destaques.
A rodovia Washington Luís é o principal eixo viário da região.
Unidades da UNESP são as representantes do setor educacional em nível universitário.
Municípios: Álvares Florence; Américo De Campos; Ariranha; Bálsamo; Cajobi; Cândido Rodrigues; Cardoso; Catanduva; Catiguá; Cedral; Cosmorama; Dolcinópolis; Estrela D'Oeste; Fernandópolis; Fernando Prestes; Guapiaçu; Guarani D'Oeste; Indiaporã; Macedônia; Meridiano; Mira Estrela; Mirassol; Mirassolândia; Monte Alto; Monte Azul Paulista; Nova Granada; Olímpia; Onda Verde; Orindiúva; Palestina; Palmares Paulista; Paraíso; Paranapuã; Paulo de Faria; Pedranópolis; Pindorama; Pirangi; Pontes Gestal; Populina; Riolândia; Santa Adélia; Santa Albertina; Santa Clara D'Oeste; Santa Rita D'Oeste; São José do Rio Preto; Severínia; Tabapuã; Taiaçu; Tanabi; Turmalina; Uchoa; Urânia; Valentim Gentil; Vista Alegre do Alto; Votuporanga.