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Câmara Ambiental de Saneamento da CETESB será retomada

05/12/2019 - Categoria: Informes

A presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, anunciou a retomada da Câmara Ambiental de Saneamento, em novembro, no evento internacional sobre saneamento “World Toilet Summit”, no Renaissance São Paulo Hotel. O anúncio foi feito junto com o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.

As Câmaras Ambientais são fóruns colegiados constituídos no âmbito da CETESB, desde 1995, de caráter propositivo e consultivo. Fazem parte, como membros destes fóruns, representantes das entidades vinculadas aos setores produtivos, e o objetivo é promover a melhoria da qualidade ambiental, por meio da interação entre o poder público e esses setores.

Como resultado dessa cooperação, diversos produtos foram gerados pelas Câmaras Ambientais, principalmente na forma de sugestões para o aperfeiçoamento de normas e diretrizes, elaboração de guias de boas práticas e vários relatórios técnicos, os quais têm contribuído significativamente para o aperfeiçoamento das ações de licenciamento e controle da poluição.

A Câmara Ambiental de Saneamento já existia, mas estava inativa. “Vamos retomar essa câmara, com os setor envolvidos no tema, para avançarmos nas questões pendentes”, declarou a dirigente, que participou de um painel no auditório principal do evento, sobre legados e iniciativas brasileiras, com as presenças de Jack Sim, fundador e CEO da World Toilet Organization (WTO) e promotora da conferência; Marcos Dubeux, da Ikone; Filipe Sabará, ex-presidente do Fundo Social do Estado de São Paulo; e alunas do Colégio Santo Américo, responsáveis pela Iniciativa Vitágua, projeto de iniciação científica sobre tratamento de esgoto; além do representante da Trata Brasil.

Mudanças climáticas

Antes, Patrícia Iglecias havia sido a mediadora do painel “Mudanças climáticas: como fazer planejamento sustentável de água e esgoto nesse cenário?”. A 19ª edição do evento “World Toilet Summit”(WTS) foi a primeira em que o encontro realizou-se na América Latina. O dia 19/11 é o “Dia Mundial do Banheiro”, instituído pela ONU.

Com base em dados divulgados pela própria WTO, o problema da falta de banheiros, água tratada e esgotamento sanitário é mundial: “Conforme a própria Organização Mundial da Saúde e Unicef, em pleno século 21, mais de um bilhão de pessoas não têm acesso sequer a um banheiro. Bilhões vivem em condição precária de serviços de saneamento básico. No Brasil são aproximadamente 4 milhões de pessoas sem acesso a banheiros, algo precisa ser feito! O Brasil também apresenta indicadores alarmantes de acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgotos. Segundo os números oficiais do Governo Federal, aproximadamente 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, equivalente à população do Canadá”.

No painel mediado pela presidente da CETESB, participaram Renato Montoya, diretor-executivo da Agua Tuya, da Bolívia; Guillermo Saavedra, presidente da Federação Nacional de Cooperativas de Serviços Sanitários do Chile; Marcelo Nolasco, professor e pesquisador da USP; e Alexandre Araújo, professor da Universidade Estadual do Ceará e colaborador do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Eles falaram sobre problemas, desafios e exemplos bem-sucedidos, de tratamento de água e esgotos, e foram praticamente unânimes em apontar a economia circular – que envolve, entre outros, o reaproveitamento de resíduos e produtos, de maneira a manter os materiais no ciclo produtivo – , como uma das possíveis alternativas. Também, observaram que as populações mais pobres são as mais vulneráveis e afetadas. Ainda, mencionaram a inovação tecnológica e a educação ambiental como soluções e instrumentos para o enfrentamento dos desafios.

Patrícia Iglecias ressaltou que “as mudanças climáticas são um problema complexo, com consequências diversas e distintas, dependendo de como vamos trabalhar a questão. A água é um dos meios pelo qual a população pode ser mais impactada, em relação às mudanças do clima”.