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#UNICEF: Para mãe e filho, acesso à água é razão para sorrisos

24/06/2020 - Categoria: Informes

Jenny Márquez, 38 anos, está contente porque a ocupação informal onde vive em Boa Vista, Roraima, ganhou novas estruturas para a lavagem de mãos. Mas a migrante venezuelana, que vive há cerca de um ano no Brasil, reconhece que é o filho José Gregório, de 8 anos, quem mais está tirando proveito das novas estruturas. “As crianças daqui ficaram todas felizes porque agora existe um local da altura delas em que elas conseguem usar a água diretamente da torneira, sem precisar da ajuda dos pais. Mas é nosso trabalho ensiná-las sobre como utilizar de forma adequada”, afirma.

Jenny se refere aos novos cuidados que precisam ser tomados por causa da Covid-19 na ocupação espontânea Embratel, terreno onde cerca de 70 famílias improvisaram moradias para viver. Com casas pequenas e próximas umas às outras, o distanciamento social é um desafio. E sem infraestrutura, o acesso à água era um dos maiores gargalos para a prevenção da transmissão do vírus.

Antes das estruturas de lavagem de mãos instaladas pelo UNICEF e seu parceiro Adra, havia apenas três torneiras disponíveis no terreno, compartilhadas pelas famílias para encher baldes e levar água para casa. O acesso restrito à água gerava grandes filas.

Daí que as novas estruturas instaladas na ocupação – com torneiras e sabão dispostos em alturas que atendem tanto meninos e meninas quanto adultos – vão contribuir para aumentar a regularidade da lavagem das mãos, uma das melhores formas de prevenir a Covid-19. Mas os cuidados extras permanecem com pais e mães.

“Como responsáveis, precisamos estar muito atentos com os filhos. Eu estou sempre cuidando para que o José possa usar uma máscara quando necessário, que ele mantenha as mãos e os espaços limpos, e tentando que não façam grupos muito grandes de crianças, porque aqui temos muitas”, explica Jenny.  

Além do local onde vivem Jenny e José, outras seis ocupações espontâneas de Boa Vista já receberam os equipamentos. Outras oito estão em processo de instalação. No total, mais de 2,5 mil migrantes e refugiados venezuelanos serão beneficiados diretamente. Além da estrutura de lavagem de mãos, caixas de armazenamento de 5 mil e 10 mil litros acompanham os equipamentos em localidades mais populosas. Uma parceria recentemente fechada com a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) vai garantir o abastecimento regular das estruturas com água de qualidade.

“A água é um elemento essencial não só para o combate ao coronavírus, mas para a saúde das pessoas. A gente precisa garantir que essas áreas tenham capacidade de armazenamento de água para que essas pessoas possam se higienizar de forma adequada, o que beneficia eles e toda a comunidade”, explica o oficial de Água, Saneamento e Higiene do UNICEF Delmo Vilela.