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Temperaturas sobem em novembro e seca relativa piora em estados do Sul e Sudeste
04/01/2021 - Categoria: Informes
Em novembro, houve piora na condição de seca relativa em partes de Minas Gerais, Goiás, Paraná e Santa Catarina, em comparação ao mês anterior, de acordo com levantamento do Monitor de Secas, divulgado nesta segunda-feira, 21 de dezembro, pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e instituições parceiras. São Paulo, que pelo primeiro mês figura no monitor, ingressa com seca extrema em parte de sua região Norte.
Na Região Sudeste, a seca avançou em grande parte do território, devido às chuvas abaixo da normalidade e aumento nas temperaturas. Por outro lado, houve recuo da seca fraca em áreas do norte de Minas Gerais e no Rio de Janeiro, onde as chuvas foram acima da média.
Nos demais estados cobertos pelo Monitor, pode-se destacar o abrandamento da seca no norte do Tocantins, graças a aumento das chuvas. Também se destaca avanço da seca grave no leste do Mato Grosso do Sul e a intensificação da seca no oeste de Goiás, que passou de grave para extrema.
Veja o resumo da situação do estado de São Paulo, em novembro:
Em São Paulo, houve desvios negativos de chuva, bem como ocorrência de temperaturas mais altas que o normal, principalmente no oeste. Em decorrência disso, na porção noroeste a seca é considerada extrema. Em parte do leste e do nordeste do estado a intensidade da seca é moderada. Nas demais áreas do estado, a intensidade de seca é considerada grave. Os impactos são de curto prazo no leste e de curto e longo prazo no restante do estado.
O Monitor de Secas
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 19 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por esse tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para incluir outras regiões. O primeiro estado de fora do Nordeste a entrar foi Minas Gerais em novembro de 2018. O Espírito Santo foi o próximo a aderir em junho de 2019. Em 2020, passaram a integrar o Mapa do Monitor: Tocantins (janeiro), Rio de Janeiro (junho), Goiás (julho), Distrito Federal (julho) e Mato Grosso do Sul (agosto).
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica uma seca relativa – as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região – ou a ausência do fenômeno.
Fonte: ANA
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