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Monitor de Secas registra redução da área com o fenômeno em três estados nordestinos e aumento em São Paulo e Maranhão em abril

02/06/2021 - Categoria: Informes

Em abril deste ano, em comparação a março, as áreas com seca tiveram redução em três das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Alagoas, Paraíba e Pernambuco. No sentido oposto, dois estados tiveram aumento de sua área com seca: Maranhão e São Paulo. Outros 12 estados não tiveram variação da área com seca (Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins), enquanto o Distrito Federal e o Espírito Santo permaneceram sem registrar o fenômeno entre março e abril.

Em termos de severidade do fenômeno, sete estados tiveram um agravamento da seca em abril: Goiás, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Nos casos do Paraná e do Rio Grande do Sul, aconteceu uma forte expansão da área com seca grave, enquanto esse grau do fenômeno também aumentou nos territórios potiguar e paraibano. Em Santa Catarina ocorreu a ampliação do território com seca grave acompanhada da acentuação da seca no extremo oeste, que passou de grave a extrema. Único estado monitorado que registrou seca excepcional, a mais intensa na escala do Monitor, São Paulo registrou simultaneamente o aumento das áreas com seca grave e seca extrema.

No Nordeste, devido às chuvas acima da média em abril, foi observada uma melhora na condição de seca na maior parte dos estados, marcada principalmente pelo recuo das áreas com seca moderada e/ou fraca. Nesse sentido, Alagoas, Paraíba e Pernambuco tiveram redução da área com a presença do fenômeno. Em contrapartida, houve avanço da seca moderada no Ceará e surgimento de seca fraca no norte maranhense.

No Sudeste, o maior destaque em abril foi o avanço das secas grave e extrema no oeste, centro e norte de São Paulo, em função da persistência de chuvas abaixo da média. Já na região Sul, em decorrência das chuvas abaixo da média, ocorreu o agravamento da seca nos três estados, marcada especialmente pelo aumento das áreas com seca grave. Além disso, em Santa Catarina, a seca se intensificou no extremo oeste, passando de grave para extrema.

Nas demais áreas cobertas pelo Monitor, o destaque vai para o avanço da seca grave em Goiás, devido às chuvas abaixo da média. Por outro lado, houve abrandamento da seca na divisa de Tocantins com a Bahia, passando de moderada para fraca, devido às precipitações acima da média nos últimos meses.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Fonte: ANA