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Museu Água: o legado da AESabesp para São Paulo e o saneamento

07/06/2021 - Categoria: Informes

Conheça o esforço conjunto de especialistas e profissionais voluntários para a criação do espaço socioambiental e cultural projetado pela AESabesp, que pretende estimular o interesse das pessoas pela história do setor e conscientizá-las sobre a importância da água e do meio ambiente.

Um terreno amplo na região do Ibirapuera na divisa com o Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP e o Instituto Biológico transformará a capital paulista em referência na história do Saneamento no Brasil. Ali será criado o Museu Água de São Paulo, iniciativa da Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp que contará a trajetória do setor e promoverá ações culturais e educativas acerca da importância da água e do meio ambiente.

“É um projeto que visa conscientizar as pessoas sobre o valor da água, da relação da água na natureza e da importância do saneamento nas nossas vidas”, explica Viviana Borges, presidente da AESabesp. 

O objetivo é estimular o interesse da sociedade em práticas de sustentabilidade, bem como ser uma nova alternativa cultural e de lazer para população.

O espaço terá exposições interativas, com temáticas voltadas à preservação, ciclo da água e reaproveitamento deste recurso, entre outras. E reunirá e exibirá acervos das empresas compostos por materiais gráficos, textos e fotos históricas.

Haverá ainda uma praça de integração com o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e o Instituto Biológico, inserindo o local ao circuito cultural de São Paulo. A inauguração do Museu Água está prevista para o fim de 2022. 

Do planejamento ao “mãos à obra”

A ideia de criar o Museu Água de São Paulo surgiu numa conversa da AESabesp com a diretoria da Sabesp, em 2019. Na ocasião, a associação viu a possiblidade de resgatar um projeto da Companhia com a Fundação Energia para a preservação da história do saneamento. Assim, com o engajamento de voluntários e membros da entidade, deu-se início às atividades para tirar a ideia do papel e viabilizar a execução do projeto.

No mesmo ano, a iniciativa foi anunciada no 30º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2019. A Sabesp, por sua vez, comprometeu-se a ceder o terreno, onde será construído o museu. Foram feitas também diversas reuniões e apresentações para realização da iniciativa.

O projeto arquitetônico do museu será desenvolvido pelo escritório SIAA Arquitetos. O anúncio da escolha foi feito no início de 2020, em concurso nacional lançado pela AESabesp. A entidade também firmou parceria com o Instituto Pedra e a empresa Base7 Projetos Culturais para gestão dos projetos culturais, museológicos e executivos.

O Museu Água, atualmente, está em fase de captação de patrocínios para execução da 1ª etapa do projeto, que compreende ações de restauração, arquitetura e paisagismo, além do plano museológico e do projeto museográfico. 

Os recursos serão captados via Lei de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet. A estimativa total de investimentos é de R$ 20 milhões.

“Para este ano, esperamos conseguir o investimento integral para executar a 1ª etapa e depois aprovar a 2ª etapa, que contempla restauro, ampliação e implementação do museu”, explica Rodrigo Mathias, coordenador cultural do projeto.

De acordo com ele, a iniciativa será um espaço de reflexão e referência de boas práticas em relação à água, bem como de manutenção e divulgação de acervos históricos do saneamento.

“Trata-se de uma importante e necessária ação de responsabilidade cultural, com grande potencial de desdobramento em projetos que, a partir desse patrimônio histórico, possam contribuir para educação patrimonial e ambiental em prol do uso responsável dos recursos naturais e da expansão do saneamento”, expõe Mathias.

Antigo conjunto de bombas da Sabesp, esse é o local onde será criado o Museu Água de São Paulo. Antigo conjunto de bombas da Sabesp, esse é o local onde será criado o Museu Água de São Paulo.

Prêmio Benedito Lima de Toledo

No fim do ano passado, o Museu Água de São Paulo foi reconhecido no Prêmio Benedito Lima de Toledo de Patrimônio Material, relacionado ao Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. 

A premiação faz parte de uma das frentes da Lei Aldir Blanc, criada para atender o segmento cultural após a crise instalada com a pandemia do coronavírus. 

Para a seleção do projeto, foram levadas em consideração questões, como qualidade, relevância artística e impacto social, o que demonstra a importância do museu para promoção cultural e de conhecimento à sociedade. 

O legado do Museu Água

“Um povo sem história é um povo sem alma”, é o que afirma o especialista em saneamento e membro da equipe técnica do Museu, Américo Sampaio. Segundo ele, “a preservação do acervo histórico é vital para a memória e identidade de um povo, dando-lhe a possibilidade de melhor compreensão da sua realidade, condição absolutamente necessária para se ter uma sociedade próspera e desenvolvida.”

Para Sampaio, é inaceitável a deterioração de instalações e documentos componentes do acervo histórico relacionado ao setor de saneamento básico e recursos hídricos. Por isso, a viabilização do Museu Água torna-se essencial para o resgate da memória e de conscientização de boas práticas em prol do desenvolvimento do segmento.

“Tenho absoluta certeza que tal iniciativa contribuirá para um melhor entendimento e compreensão de nossa realidade e, consequentemente, para o enfrentamento e equacionamento efetivo dos ainda graves problemas sanitários e de preservação dos recursos hídricos de nosso país”, considera Sampaio.

Pronto para iniciar suas obras este ano, o Museu Água de São Paulo promete ser referência em pesquisas e estudos ligados à ciência, tecnologia e inovação, bem como de valorização do setor de saneamento. Um ambiente de conhecimento e respeito à água e ao meio ambiente para atuais e futuras gerações da sociedade.  

Com expectativa de entrega no fim de 2022, o Museu Água de São Paulo promete ser um importante centro de pesquisa e valorização do saneamento, bem como de cultura e consciência socioambiental para a sociedade. 

Fonte: AESABESP