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Seminário na CETESB encerra curso de capacitação em adaptação às mudanças climáticas, dirigido a representantes da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê

12/07/2024 - Categoria: Matérias

O seminário de encerramento do segundo curso de “Capacitação em Adaptação às Mudanças Climáticas”, promovido pela CETESB e, nesta edição, dirigido a representantes da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, aconteceu na última semana, no auditório da sede da Companhia, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. O primeiro curso foi dirigido a nove municípios da Baixada Santista, entre 2019 e 2021. Esta segunda capacitação teve início em setembro de 2023 e abarcou mais de cem pessoas, sobretudo nos 39 municípios que compreendem a Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.

Além da coordenação pela agência ambiental paulista, por meio de seu Departamento de Sustentabilidade, o curso conta com apoio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (CBH-AT) e da Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (FABHAT), assim como com o apoio técnico da empresa PPA – Política e Planejamento Ambiental.

A Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, que praticamente se confunde com a Região Metropolitana de São Paulo, com seus 39 municípios, é reconhecida como o maior polo de riqueza nacional, centralizando a sede dos mais importantes complexos industriais, comerciais e financeiros que controlam as atividades econômicas do país. Diante dessa situação, a região, que apresenta alta vulnerabilidade e exposição frente aos impactos das mudanças climáticas, foi escolhida como prioritária para receber essa segunda capacitação.

As pessoas que participaram do seminário aprenderam a identificar riscos climáticos, bem como definir e propor medidas de adaptação para proteção dos recursos hídricos, face aos riscos ambientais atuais. Também foram orientados a elaborar projetos de adaptação climática para obter acesso a recursos financeiros.

Com uma metodologia dinâmica, incluindo um conjunto de palestras e debates com especialistas, a formação resultou em oito projetos pensados pelos Grupos de trabalho, que se debruçaram sobre o mapeamento de vulnerabilidades territoriais, a criação de cadeias de impactos e a realização de visitas técnicas nos locais mapeados.

Liv Costa, diretora da CETESB, valorizou a colaboração e parceria de todos os envolvidos, e destacou a importância de ação coletiva. “É preciso enxergar a complexidade dos problemas e trazer a luz para lidar com esses desafios, para torna-los efetivos. Hoje não é o encerramento do curso, é o início das próximas etapas”, finalizou.

Para Carina Pereira, São Paulo está no caminho certo e a participação da SEMIL tem sido fundamental na elaboração de políticas públicas. “O maior desafio é compreender e identificar os riscos e a implementação desses projetos, em benefício da população local”, afirmou.

Hélio Suleiman, Diretor Presidente da FABHAT- Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, comentou que as mudanças climáticas têm impactado a vida das pessoas, principalmente as mais vulneráveis. Ressaltou a importância do Comitê de Bacia do Alto Tietê, com políticas públicas definidas. “A Região da Bacia do Alto Tietê tem uma população de mais de 22 milhões de habitantes e representa15% do PIB Nacional”, ressaltou. Ele ainda sugeriu que esse resultado seja apresentado em Plenária para todo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê e que, na revisão do Plano de Bacia, a questão de adaptação às mudanças climáticas deve ser considerada.

De acordo com Maria Fernanda Pelizzon Garcia, gerente do Departamento de Sustentabilidade da CETESB, para os próximos passos, será divulgada uma publicação consolidando os conhecimentos e dados mapeados nesta capacitação, com o objetivo em fornecer um referencial teórico da capacitação e que poderá apoiar outras bacias.

Fonte: CETESB