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SIGRH e Sistema Ambiental estreitam diálogo no 1º Encontro da Rede Bioeconomia da Sociobiodiversidade de São Paulo
29/04/2025 - Categoria: Eventos
A Diretoria de Recursos Hídricos da SEMIL (DRHi/SEMIL) marcou presença no 1º Encontro da Rede Bioeconomia da Sociobiodiversidade do Estado de São Paulo (Rede Sociobio SP), realizado entre os dias 14 e 16 de abril, no Parque Estadual Intervales. O evento ocorreu no âmbito do projeto “Biota Transformação – As cadeias de valor da sociobiodiversidade da Flora do Estado de São Paulo como instrumento para a transformação socioambiental”, coordenado pelas pesquisadoras Nina Lys e Fernanda Brando e desenvolvido no Laboratório de Epistemologia e Didática de Biologia da USP (LEDiB/USP). Com financiamento da FAPESP e apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e da Fundação Florestal, o projeto visa integrar ciência, política, meio ambiente e sociedade em prol do uso sustentável da biodiversidade.
O evento foi dedicado ao mapeamento das cadeias da sociobiodiversidade no estado de São Paulo, com foco na região do Vale do Ribeira, e reuniu diversos atores envolvidos na conservação e no uso sustentável da biodiversidade, permitindo a troca de experiências e a construção de soluções intersetoriais. Maíra Ataíde, membro da Rede Sociobio e servidora da DRHi, participou mediando oficinas participativas no grupo que mapeou a cadeia do fubá de milho crioulo agroecológico dos quilombos de Barra do Turvo.
O milho crioulo é essencial à subsistência das comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, cujo modo de vida está alicerçado à coivara – sistema agrícola tradicional caracterizado pelo rodízio de áreas de cultivo, combinando produção alimentar e conservação ambiental. Quando praticada respeitando períodos adequados de pousio, contribui para a formação de florestas mais biodiversas, o que favorece a infiltração de água no solo, fortalecendo a recarga dos aquíferos. Além disso, a coivara incorpora saberes específicos que dispensam o uso de agrotóxicos, contribuindo também para a manutenção da qualidade dos cursos d’água locais. A produção conta ainda com forte protagonismo feminino, com atuação destacada da Rede Agroecológica de Mulheres Agricultoras (RAMA).
Durante as oficinas, também foram identificados entraves e oportunidades à expansão da produção de fubá na região. Por fim, como encaminhamento, foi elaborado um plano de ações estratégicas para fortalecer a cadeia produtiva, com compromissos firmados entre a comunidade e a Prefeitura de Barra do Turvo.
Para Maíra Ataíde, este evento representou um marco relevante na aproximação entre o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SIGRH) e o Sistema Ambiental Paulista, sinalizando avanços concretos rumo à construção de políticas públicas intersetoriais mais integradas e sensíveis aos territórios: “Os modos de vida tradicionais – como quilombolas, indígenas e caiçaras – desempenham um papel fundamental na manutenção de florestas e matas ciliares. Ignorar esses saberes compromete os serviços ecossistêmicos que garantem a segurança hídrica. Por isso, integrar a gestão ambiental e a gestão dos recursos hídricos requer reconhecer, valorizar a incorporar esses modos de vida na governança da água.”, diz a servidora.
A Rede Sociobiodiversidade de São Paulo conta com mais de 80 integrantes, entre pesquisadores, gestores, agentes governamentais e não governamentais, sociedade civil, povos e comunidades tradicionais e educadores. Para integrar a Rede, entre em contato por e-mail: bioeconomiasp@gmail.com. Ou acompanhe as atividades do projeto pelo Instagram: @redesociobiosp.
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