Foto: SSRH

Começou nesta quinta-feira, dia 3, o “Seminário Internacional de Qualidade das Águas Costeiras no Estado de São Paulo”, que teve as presenças do Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (SSRH), Benedito Braga, e do presidente da Sabesp, Jerson Kelman, na abertura. O evento, que termina nesta sexta-feira, é realizado pela SSRH em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP). 

Benedito Braga, que ocupa a presidência do Conselho Mundial da Água, ressaltou as experiências de outros países. “O Seminário pretende discutir, tanto com a sociedade civil quanto com técnicos que possuem grande experiência em tratamento de efluentes em regiões costeiras, como os países que tiveram problemas de balneabilidade em suas cidades resolveram essas questões. É uma troca de experiências para que encontremos soluções desses problemas aqui no Brasil”, disse o secretário.

Em sua fala, Braga ainda destacou o tema da poluição difusa na questão do saneamento na Baixada Santista. “A balneabilidade imprópria não acontece em função de mau funcionamento de um emissário submarino, eles estão funcionando muito bem. Ela acontece por uma questão de ocupação e de um problema de utilização dos canais como um sistema que leva os esgotos para dentro do emissário: ligações clandestinas, ocupações irregulares, tudo isso gera o que chamamos de poluição difusa. Se você for analisar quando a balneabilidade não está apropriada, é justamente nos eventos chuvosos, momento em que a capacidade desses canais excede a capacidade de transferir essa água poluída para dentro do emissário”, explicou. 

Além de sugerir o aperfeiçoamento da política integrada entre Estado e municípios, o secretário ainda ressaltou a necessidade de uma discussão com o poder judiciário para que o poder público consiga, mesmo nas ocupações irregulares, tratar e coletar o esgoto. 

Kelman destacou a população flutuante que o Litoral recebe durante as temporadas de verão. Na Baixada Santista, o número da população sobe de 1,5 milhão para 3 milhões (duas vezes mais), enquanto no Litoral Norte sobe de 300 mil para 1,2 milhão (quatro vezes mais). “Temos que dimensionar o sistema de coleta e tratamento de esgoto para o pico. Isso exige investimentos altos”, recordou o presidente da Sabesp, que apresentou um balanço das ações da empresa no Litoral. 

A Secretária do Meio Ambiente de Santos, Débora Blanco Bastos Dias, do deputado federal João Paulo Tavares Papa, e do Diretor da POLI-USP, José Roberto Castilho Piqueira, também participaram da abertura. O evento conta com a parceria da Prefeitura de Santos, da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), da Sabesp e da Revista DAE. 

O Seminário contou ontem com 11 palestras e nesta sexta serão mais dez e um debate. Para conferir quais são os temas, clique aqui. Para acompanhar a transmissão ao vivo, clique aqui.