Fotos: CRHI

A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (SSRH) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) realizaram no dia 24 de janeiro, terça-feira, na sede da SSRH, o Workshop “Programa de Assistência Técnica (PAT)”, fruto da parceria das duas instituições e que tem o objetivo de implementar medidas de prevenção às futuras crises hídricas. O Workshop foi conduzido pela Secretária-adjunta da SSRH, Monica Porto, e contou com a participação do Coordenador de Recursos Hídricos da SSRH, Rui Brasil Assis, dos representantes do BID, Gustavo Méndez e Ana Carolina Rodrigues Velloso Cordeiro, e do consultor contratado pelo BID para desenvolver o relatório do PAT, Francisco José Lobato Costa. 

Instituições que integram o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH), especialistas em recursos hídricos e técnicos de entidades estaduais participaram do Workshop, onde foi apresentado o relatório abordando um diagnóstico, o conceito estratégico e os componentes previstos no PAT, com vistas à segurança hídrica e melhoria da gestão das águas. Durante o evento, todas tiveram a oportunidade de expor suas sugestões e críticas ao atual modelo gestão de recursos hídricos. 

Segundo Monica Porto, as opiniões das instituições são de extrema importância para que o trabalho de Cooperação com o BID alcance um resultado melhor. “Sem compartilhar nossos problemas, avançamos muito pouco. Queremos ouvir todos porque o projeto que está iniciando e a interação com atores estratégicos do Sistema é muito importante. É um projeto de correção de rumo”, frisou a Secretária. 

Ela explicou ainda como funcionará a parceria. “É uma ação no âmbito do Estado de São Paulo com o apoio do BID, que nos ofereceu um trabalho de cooperação técnica com o objetivo de fortalecer o Estado no enfrentamento de crises hídricas. Isso nos possibilitou uma reflexão de onde estavam os principais gargalos desta questão da crise hídrica”, frisou. Monica Porto destacou que, durante as discussões, a prioridade foi trabalhar de forma mais direta as melhorias dos instrumentos de gestão. “Seria um dos itens para ganharmos mais equilíbrio, mais força”, disse. 

EXPORTANDO CONHECIMENTO
Gustavo Méndez recordou que o BID já tem parceria com o Estado, especialmente com a Sabesp, em relação ao tema saneamento. Ele ainda destacou que São Paulo se tornou, a partir da crise hídrica de 2014-2015, um laboratório de conhecimento, da resiliência de enfrentar situações extremas. “Com esta parceria, também queremos exportar o conhecimento de São Paulo porque o BID, como um banco latino-americano, recebe demandas de outros países que experimentam o problema da seca. Achamos que São Paulo tem um conhecimento muito importante que deve ser aproveitado”, disse. 

Responsável por elaborar o documento do PAT, Lobato também elogiou a gestão de recursos hídricos, destacando o Estado como o mais avançado do País. “O PAT deve ser visto de conjunto de iniciativas complementares, algumas adicionais, para que você siga com avanços que já foram efetuados”, explicou. 

Com as pontuações dos participantes do Workshop, Lobato deve finalizar o relatório em fevereiro, sendo que em março, provavelmente, será assinado o acordo.