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Express - Novo presidente da FABHAT quer levar agência a outro patamar
13/03/2017 - Categoria: Correnteza Express | CBH-AT - Alto Tietê
Após tomar posse em fevereiro como diretor-presidente da Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (FABHAT), o engenheiro Hélio César Suleiman percebeu em seus poucos dias na função que terá muito trabalho, mas nada que intimide o barretense com larga experiência no setor, especialmente como secretário executivo adjunto do Comitê da Bacia Hidrográfica do Turvo/Grande (CBH-TG) e presidente do CBH-Grande. “Adoro conflitos, até porque sou ligado não no 220 volts, mas no 440. Estas coisas da Capital, de serem urgentes sempre, me estimulam e eu preciso ser estimulado”, assegurou o engenheiro.
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Hélio, inclusive, quer ajudar a FABHAT a chegar a outro patamar: de uma entidade modelo em gestão hídrica e referência nacional como agência de bacia. Para tal ousadia, ele também foca em outros modelos. “Nos moldes das Agências PCJ, CEIVAP, ANA”, disse. Contudo, recorda que tem muito apoio dos técnicos do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (SIGRH). “Quando pedi ajuda, fui atendido. Me dá uma segurança muito boa”, disse.
Em entrevista ao portal SigRH, Hélio, que concorreu com outros 58 especialistas em recursos hídricos pela vaga, montou seu Plano de Trabalho e definiu o que quer para FABHAT: “Que a agência seja efetivamente uma agência”. Confira abaixo a entrevista com novo Diretor-Presidente da FABHAT:
CORRENTEZA EXPRESS - Como você avalia o processo para a escolha do Diretor-Presidente?
Hélio César Suleiman - Difícil, pesado e criterioso. Um processo que constituiu algumas etapas bem definidas, análise de currículo, entrega de documentos, entrevistas, dinâmicas de grupos, prova escrita e uma avaliação individual. E a última etapa foi a apresentação do plano de trabalho no plenário do Alto Tietê. Isso em menos de dois meses.
EXPRESS - Você estava como presidente do CBH-Grande. O que fez você mudar para a Região Metropolitana de São Paulo?
HCS - Foi questão profissional, do desafio. Como presidente do Grande, tínhamos a implantação do Plano Integrado, mas na agência é outra visão. O desafio é diferente. E eu adoro os conflitos, até porque sou ligado não no 220 volts, mas no 440. Estas coisas da Capital de serem urgentes sempre me estimulam e eu preciso ser estimulado. A correria de São Paulo é uma delícia para mim. Estou habituado a trabalhar 14, 15 horas por dia.
EXPRESS - Como estão estes primeiros dias na nova função?
HCS - Para onde pedi ajuda, fui atendido. Isso me dá segurança muito boa, e faz com que me sinta muito confortável. Sou do Sistema, me sinto em casa. Transito muito bem em várias áreas. Todas as pessoas que estão envolvidas diretamente são muito importantes porque eu conto com elas e me dão a estrutura que tenho. No Turvo, não conseguiria exercer o papel de secretário executivo adjunto se não tivesse toda a equipe técnica. Falo tranquilamente.
EXPRESS - Quais os principais desafios à frente da FABHAT?
HCS - Implementar o que está proposto no plano, criar rotinas e processos, para exercer o papel de secretaria executiva do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Fazer com que a Agência exerça o papel para o qual foi concebida. É o maior desafio, fazer a gestão de recursos hídricos com base na questão da cobrança pelo uso da água. Principalmente em uma região tão complexa na qual eu preciso de um tempo para conhecer. Apesar de ser territorialmente menor que o Turvo, com menos municípios, aqui possui problemas de alocação de água.
EXPRESS - Aliás, foi esta região que sofreu com escassez hídrica...
HCS - No Interior, não enfrentamos. Parecia que, quando víamos na mídia, era algo que acontecia longe, muito longe de nós. Lá, 70% da nossa água é subterrânea. Diferente daqui, onde o maior percentual é superficial.
EXPRESS - Como será o trabalho da Fundação junto ao CBH?
HCS - A ideia é trazer as discussões para dentro do Comitê. Na reunião da Sociedade Civil, tivemos aproximação com a indústria, construção civil, para disseminar o papel para cada segmento e como podem atuar dentro do Comitê.
EXPRESS - A estrutura, previsão de montagem de equipe...
HCS - Primeiro, quero conhecer a saúde financeira real, meus usuários, a questão da Cobrança, como estamos de inadimplentes, ver as metas. Ainda não tenho clareza de quanto recursos temos para investimentos e de quanto meu plano precisa. O prazo é até o fim do ano, então há bastante trabalho. Vou seguir a risca o que estamos propondo dentro da Agência. A proposta de trabalho é bem conservadora, não tem invenção da roda. É implementar o sistema a grosso modo. Que a agência seja efetivamente uma agência, nos moldes das Agências PCJ, CEIVAP, da ANA. Estou olhando estes modelos.
FIQUE ANTENADO!