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Alckmin inaugura obra que garante água para 22 milhões de pessoas

04/04/2018 - Categoria: SABESP

Texto e fotos: Portal do Governo do Estado de São Paulo
O governador Geraldo Alckmin inaugurou, nesta terça-feira (3), a obra da Sabesp que amplia a oferta de água potável de qualidade para os 22 milhões de habitantes da Grande São Paulo. Com um investimento de R$ 2,21 bilhões, o Sistema São Lourenço passa a fornecer até 6.400 litros de água por segundo. O evento contou com as presenças do Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga, e do presidente da Sabesp, Jerson Kelman. 

“São 83 quilômetros de adutoras e uma elevação de 330 metros, passando pela Serra de Paranapiacaba. Assim, a região oeste da Grande São Paulo, que recebia água dos sistemas Cantareira e Baixo e Alto Cotia, será atendida pelo Novo Sistema Produtor São Lourenço”, destaca Alckmin.

Assim, o projeto se torna o nono sistema de abastecimento da Grande São Paulo e o quarto mais importante em capacidade de fornecimento de água, depois do Cantareira, Guarapiranga e Alto Tietê.

Potência
O São Lourenço traz água nova para a Região Metropolitana da capital paulista. A captação ocorre na represa Cachoeira do França, no município de Ibiúna. A vazão retirada passa por 49 km de tubulações de aço-carbono, que chegam a 2,1 metros de diâmetro, até a nova estação de tratamento, em Vargem Grande Paulista.

Para alcançar a estação, a água tem que subir 330 metros, “escalando” a Serra de Paranapiacaba. Para isso, foram instaladas cinco bombas na captação, com uma potência total de 40 mil cavalos – o equivalente a 40 motores de um carro de Fórmula 1 em potência máxima.

A partir daí, a água percorre mais 32 km de adutoras, por onde se encaminha para as torneiras dos moradores de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista. Hoje, essas cidades são atendidas pelos sistemas Cantareira, Alto Cotia ou Baixo Cotia.

Com a água do São Lourenço, a vazão desses três outros sistemas será “poupada” no atendimento aos municípios. Sobra, portanto, mais água neles para ser armazenada nas represas ou abastecer o restante da Grande São Paulo, inclusive a capital.


Estrutura

A construção gerou 4.500 empregos diretos e indiretos, muitos deles preenchidos por moradores da própria região por onde a obra passou. Além das bombas e das estruturas de captação e tratamento, o projeto possui três grandes reservatórios de água bruta (anterior ao tratamento), que armazenam 75 milhões de litros no total.

Existem também mais três reservatórios de água potável, no total de 50 milhões de litros. Para instalar os tubos usados no transporte da água, houve também marcos importantes. A tubulação passa por um túnel embaixo da Rodovia Raposo Tavares.

A passagem foi feita por método não destrutivo, com uma máquina fazendo a escavação sob a pista. Essa estratégia evitou que a estrada tivesse de ser fechada ao trânsito durante a construção. Há ainda um outro túnel, de 1 km, por onde a adutora passa.

Outro destaque é o projeto arquitetônico da estação de tratamento. Com formas arredondadas, que remetem ao movimento da água, os prédios permitem a entrada de luz natural e de ar, diminuindo o consumo de energia elétrica com iluminação e ventilação, por exemplo.

Abastecimento
O Sistema Produtor São Lourenço foi construído por uma PPP (parceria público-privada) e faz parte de um conjunto de obras estruturantes da Sabesp para garantir o abastecimento dos moradores da capital e da Grande São Paulo. Outro destaque é a recém-inaugurada interligação Jaguari-Atibainha, que conecta o Sistema Cantareira à Bacia do Rio Paraíba do Sul, permitindo que a água de uma represa seja bombeada para a outra.

A ação eleva a segurança hídrica, permitindo transferir água de uma represa mais cheia para a outra, em períodos secos, ou também para controle de cheias, em caso de chuvas fortes, também bombeando a água de um lado para o outro, mas neste caso da represa mais cheia para a mais vazia.

A interligação foi concluída no mês passado, com sete meses de antecedência, o que já garante o benefício no período seco, que começa agora. A obra pode bombear até 5.130 litros por segundo de água para a represa Atibainha, do Sistema Cantareira. No sentido oposto, pode transferir até 12.200 litros por segundo em direção à Represa Jaguari, na Bacia do Paraíba.

O investimento foi de R$ 555 milhões, gerando benefício para 39 milhões de pessoas que são abastecidas por águas dessas duas áreas: a capital e a Grande São Paulo, a região de Campinas, o Vale do Paraíba e a cidade do Rio de Janeiro e sua região metropolitana.

A Sabesp também já assinou o contrato para a captação do Rio Itapanhaú, que trará até 2.000 litros por segundo de água de ótima qualidade de um formador desse rio para o Sistema Alto Tietê.